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Seca extrema pode afetar 40% da produção de alimentos em Rio Branco

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Um cenário devastador se desenha, caso confirmada a seca extrema no Acre no acirramento do verão amazônico. A Defesa Civil confirma, por exemplo, estimativa de perdas da produção agrícola que podem chegar a 40% das diferentes safras de frutas, verduras, grãos e outros alimentos apenas no município de Rio Branco em 2024.


Como a estiagem afeta toda a população direta ou indiretamente, a Defesa Civil põe sob esse sol 419 mil acreanos – todos os moradores de Rio Branco — castigados pelo fenômeno. No entanto, em média, 40% são mais diretamente afetados. Uma estimativa aponta para 115 bairros que podem ter abastecimento de água comprometido.

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O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, já acionou o plano de contingência de combate às queimadas e monitora a situação do Saerb em relação ao abastecimento de água na maior cidade do Acre — além de atuar para garantir o mínimo de água potável para as comunidades que normalmente são mais afetadas pela estiagem.


O prejuízo econômico-financeiro é enorme e difícil de calcular. “Eu diria que são milhões, só não dá para precisar”, disse ao ac24horas um dos grandes especialistas em defesa civil do Acre, Claudio Falcão.


No dia 16 de junho, a imprensa nacional noticiava que o nível do rio Acre, em Rio Branco, chegou a apenas 1 metro e 95 centímetros, de acordo com monitoramento do Serviço Geológico do Brasil.


A forte queda vem três meses após uma enchente que tirou milhares de pessoas de casa. No dia 6 de março, o nível do rio chegou a 17 metros e 89 centímetros. A cota de inundação dele é de 14 metros. Por causa da seca e da redução dos níveis dos rios, o governo do Acre decretou estado de emergência na região.


O documento aponta que, nos próximos meses, deve diminuir a quantidade de chuvas e aumentar a temperatura. Essas condições favorecem a ocorrência de incêndios florestais, que podem se espalhar com os ventos intensos.


A situação deve afetar a navegação e o transporte de pessoas e alimentos. Comunidades tradicionais e aldeias indígenas podem ficar isoladas.


No Amazonas, onde algumas bacias estão ligadas ao Acre, o governador Wilson Lima anunciou que no próximo mês de julho vai decretar Estado de Emergência nas calhas dos rios Solimões, Juruá e Purus em função da seca que já baixou o nível das águas nesses cursos e está afetando diretamente a população dos municípios dessas calhas. O decreto de Emergência abre tratativas com ministérios e outros órgãos do Governo Federal para iniciar ações de ajuda às famílias afetadas.


O tema mudanças climáticas finalmente mexeu com o Poder Legislativo, de quem pode partir medidas relevantes. Na terceira semana de junho, uma audiência pública foi realizada pela Assembleia Legislativa do Acre para avaliar os impactos das enchentes e secas que afligem o estado anualmente. O evento reuniu representantes do governo, especialistas em meio ambiente, líderes comunitários e membros da sociedade civil, todos com o objetivo de encontrar soluções para a questão.


Os deputados falam em implantação de barragens, que mitigaria situação de secas e de enchentes. Pode ser um caminho. Em 2024, o fenômeno da seca aparenta aprofundamento e medidas urgentes são requeridas.


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