Anualmente, desde a Antiguidade, a comunidade católica celebra a vida e os feitos de São João Batista no dia 24 de junho. Apesar da data oficial no calendário da Igreja Católica ser a desta segunda-feira (24), a festa, em si, costuma ser realizada na noite da véspera.
Isso ocorre porque a convenção do mundo cristão é comemorar o nascimento de São João Batista, que, segundo a Bíblia, teria nascido exatos seis meses antes de Jesus. A data escolhida é um evento raro, já que o costume católico é de celebrar os santos na data de sua morte. João foge à regra, porque ele, a exemplo de Maria, foi purificado do pecado antes mesmo de nascer.
Em vida, São João se notabilizou por ser o primeiro a enxergar Jesus Cristo como profeta e batizá-lo nas águas do rio Jordão. Esse ritual, mais tarde, se tornou um dos mais importantes pilares do catolicismo. Assim como Cristo, João foi morto a mando do rei Herodes, da Galileia, por supostamente liderar uma revolução por meio das pregações religiosas.
No Brasil, os festejos católicos trazidos pelos europeus se juntaram à cultura da celebração da colheita da plantação e do final do tempo das chuvas, que se encerra justamente com a chegada do inverno, que acontece dias antes do dia de São João. Em diversos estados e cidades, sobretudo do Nordeste, a data é considerada feriado.
As cidades de Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, se destacaram ao longo dos anos na busca pelo título de maior festa de São João do Brasil.
A celebração a São João se une às festas em homenagem a Santo Antônio e São Pedro, em 13 e 29 de junho, respectivamente, para formar a tríade dos santos juninos, que ajudou a potencializar a cultura das festas juninas no Brasil. Hoje, os festejos duram o mês de junho inteiro e, não raro, podem se estender até o mês de julho nas chamadas “festas julinas”.