No mercado atacadista, a queda do no preço da banana é o que se destaca entre os hortifrutigranjeiros no mês de maio, uma vez que essa tendência se mantém no Acre. No país, foi verificada uma redução na média ponderada de 24,27% – mas no Acre essa redução chegou a quase 43%, segundo os dados do 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado dia 20 de junho pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“A maior diminuição das cotações foi registrada na Central de Abastecimento (Ceasa) de Rio Branco, com o preço da fruta em maio 42,35% mais em conta que em abril”, diz o Prohort.
Essa variação negativa é influenciada pelo aumento da oferta nacional, principalmente da variedade nanica advinda do Vale do Ribeira (SP), norte mineiro e catarinense. A banana-prata também apresentou queda das cotações devido à concorrência com a nanica. Além disso, as duas variedades tiveram suas demandas reduzidas devido à concorrência com a mexerica poncã, fruta da época que muitos consumidores escolhem em troca da banana. Em junho, há tendência de a variedade prata exercer influência para a manutenção dos preços em patamares mais baixos, uma vez que é esperado um aumento na produção a partir de junho.
A batata, com alta de 39,41%, é um dos produtos cujo preço mais subiu em maio. A cebola também subiu em Rio Branco, mas pouco: 0,62%, a menor cotação do País no período. A cenoura aumentou 9,39% e o tomate, 27,80%.
Para o mamão, o aumento nacional da oferta nas zonas produtoras capixabas e baianas para ambas as variedades, principalmente o papaya, influenciou na queda dos preços, em especial nos primeiros vinte dias de maio. Na média ponderada, a redução chegou a 15,81%. Ainda que a quantidade de produto ofertado no atacado caia em junho, a tendência é que não haja aumento nos preços devido tanto ao volume de frutas que circula nos mercados como às baixas temperaturas a partir do início do inverno, que desestimulam o consumo de mamão.
No caso da laranja, a Conab verificou preços 13,33% menores na média ponderada. Porém, este cenário não deve se repetir em junho. Já no final do mês de maio, os preços da fruta reverteram o comportamento de queda e esse cenário de incremento nas cotações deve continuar, já que os estoques de suco estão baixos e a safra deverá ser controlada para abastecer o mercado interno e externo, pois o volume armazenado tenderá a cair ou ficar estável por causa do balanço entre alta demanda e pouca matéria-prima para fabricar o produto.
Entre as hortaliças, alface, cebola e tomate também registraram redução nos preços. No caso da folhosa, o quadro atual é de diminuição de consumo e, por enquanto, condições favoráveis à produção e colheita. Com as temperaturas mais amenas, a produção das folhosas, em especial a alface, se desenvolve melhor, também favorecendo a qualidade do produto. No entanto, as temperaturas mais baixas influenciam em um menor consumo.
No país, melancia e maçã registraram aumento nos preços. No caso da maçã, ocorreram altas nas cotações e oscilação na oferta na maioria das Ceasas, devido ao controle executado pelas companhias classificadoras. Já para a melancia, a Companhia verificou elevação dos preços e queda do volume total comercializado. As safras paulista e baiana foram finalizadas e a produção em Goiás aumentou, mas ainda timidamente em relação ao ano anterior. Já a demanda é impactada negativamente pelo frio.
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