Moradores de Porto Walter, no interior do Acre, reclamam da falta de acesso terrestre ao município que está isolado mesmo tendo estrada de terra. Desde 2022, o município acreano sofre com um impasse judicial que impede o tráfego e melhoria na estrada que liga a cidade a Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul.
Em setembro de 2022, o Departamento de Estrada e Rodagens do Acre – DERACRE e a prefeitura de Porto Walter concluiu uma estrada de barro de 84km que liga a cidade a Cruzeiro do Sul, mas em janeiro de 2023 o Ministério Público Federal entrou com uma ação na justiça e conseguiu determinação para suspender o tráfego, bem como qualquer obra de infraestrutura que melhorasse a trafegabilidade, sob o argumento de que a construção da estrada não ouviu a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) nem consultou toda uma comunidade indígena Jaminawa, que é perpassada.
Em outubro de 2023, o DERACRE E a Prefeitura de Porto Walter fizeram um desvio de 3,8km da Terra Indígena Jaminawa. No entanto, novamente o Ministério Público Federal pediu e conseguiu na justiça a proibição das intervenções e do tráfego na região. O MPF questiona a licença ambiental concedida para a obra que não poderia ser emitida pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), mas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com a anuência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Desde então, apenas trilheiros ainda passam pela estrada.
O secretário de educação do município, Ericson Araújo, disse ao ac24horas nesta sexta-feira (21) que ele e outros munícipes preparam uma manifestação para a próxima terça-feira (25), dia em que membros da bancada federal acreana estarão no município para prestigiar o aniversário da cidade, que pedirá uma intervenção na questão em Brasília. “Nós somos um município que tem estrada, mas isolado. Essas decisões do Ministério Público não leva em conta a necessidade de mais de 30 mil pessoas de Porto Walter, nem de Rodrigues Alves, que também é alcançado pela estrada, e sequer dos próprios indígenas que querem sim a estrada porque os ajuda a se desenvolver”, disse Araújo.
Enquanto continua o impasse, quem quiser chegar a Porto Walter tem que escolher entre pagar uma passagem aérea, ou sentar numa canoa por 10 horas partindo de Cruzeiro do Sul pelo rio Juruá. “Nós vamos entrar agora numa seca severa, esse rio vai secar e vai ficar ruim pra andar até de canoa pequena. E aí? Vamos ser um município que tem estrada mas é isolado?”, questionou o secretário.
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