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Servidores ambientais do Acre anunciam greve para o dia 24, segunda-feira

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Em 17 estados, a categoria dos servidores ambientais federais (Ibama e ICMBio), incluindo o Acre, votaram para iniciar um movimento de greve em assembleias realizadas desde a semana passada. Além deles, a Associação dos Servidores do Ministério do Meio Ambiente (ASSEMMA) também aprovou a paralisação dos trabalhos.


Apenas a assembleia de servidores realizada no Ceará votou contra a greve, enquanto 9 estados ainda não realizaram suas votações. A lista foi divulgada pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (ASCEMA Nacional).


A greve foi pautada nos estados por decisão do Conselho de Entidades da ASCEMA Nacional, em reunião realizada no último dia 10 de junho. No Acre, a mobilização da greve está marcada para a próxima segunda-feira, 24.

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Em mobilização pela reestruturação da carreira e valorização salarial desde o início de janeiro, a categoria reclama da postura do governo nas negociações trabalhistas, realizadas com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI).


Em nota, a diretoria da Associação de Servidores do Ibama e ICMBio Acre (Asibama/AC) afirma que o governo federal tem sido intransigente e desrespeitoso com a categoria. “Em 7 de junho último, o MGI, incumbido de negociar pelo Governo, nos enviou Ofício aviltante, fechando a Mesa de Negociação”, diz o documento.


Os representantes da categoria dizem ainda que a Proposta de Reestruturação de Carreira não foi sequer lida ou considerada pelo ministério, que tem apresentado propostas sem “alguma dignidade”. Entre os pontos de discussão, estão a Gratificação por Atividade de Risco e a inclusão da nossa Carreira na Lei de Indenização de Fronteira, a evasão de servidores e a falta de condições básicas de trabalho, falta de pagamento de adicionais de insalubridade e periculosidade.


“Estamos nesta negociação desde agosto de 2023, fizemos 2 paralisações (em 21 de setembro e em 05 de junho últimos) e estamos em forte Mobilização (com operações-padrão e recusas de ir a campo, entrega de portarias de chefias, de Fiscalização e de condução de veículos – não somos motoristas), desde janeiro, e, infelizmente, o Governo continua desrespeitando a categoria”, afirma a nota da Asibama.


Alegando perda inflacionária de cerca de 70%, Os servidores ambientais federais reivindicam, pelo menos, a parametrização da carreira com a da Agência nacional de Águas (ANA), cujo salário inicial é maior do que o final da categoria, e é originária do Ministério do Meio Ambiente. “Estamos literalmente morrendo e adoecendo, somos órgãos campeões de adoecimento físico e mental do servidor público”, acrescenta a manifestação.


Na semana passada, o governo rejeitou a última contraproposta encaminhada pela associação da categoria, mantendo sua proposta anterior, alvo de críticas por representar uma diminuição salarial de 4% a 6% para novos servidores, segundo a ASCEMA Nacional – para quem essa resposta representou o encerramento das negociações.


Além das 19 assembleias já realizadas, 2 estão marcadas para esta semana: em Mato Grosso, nesta quinta (20), e em Alagoas, nesta sexta (21). Já as votações nos estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe ainda não tem data para acontecer.


“Sabemos que a greve é prejudicial a todos, ninguém ‘gosta’ de fazer greve, dá trabalho e é estressante. Mas o Governo não nos deixou outra alternativa diante de tanto desrespeito. Serviços que prestamos em diversos locais e temáticas ficarão prejudicados com a greve. Os serviços que continuarão serão restritos àqueles essenciais, em um percentual mínimo de servidores. Esperamos que a sociedade nos apoie, para que a greve termine o mais rápido possível”, conclui a nota da Asibama/AC.


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