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Após manifesto, professores ameaçam greve em Cruzeiro do Sul

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Em Cruzeiro do Sul, nesta terça-feira, 18, cerca de 90% das escolas da rede estadual de ensino não tiveram aulas. Os professores participaram do Dia D de paralisação convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação e se reuniram em frente ao Núcleo de Educação, no bairro Aeroporto Velho.


“Este ato é em defesa da nossa carreira. A nossa pauta principal é o retorno da nossa estrutura de tabela. Estamos lutando por questões salariais e, sobretudo, pela estrutura da nossa carreira ”, declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Cruzeiro do Sul, Pedro Lima.


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Segundo ele, em 2022, o governo estadual modificou o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração – PCCR, reduzindo a mudança de referência de 10% para 7%. Uma das propostas apresentadas pelo governo foi restituir os 3% ao longo de três anos, de forma parcelada. No entanto, a categoria considera esse prazo muito longo, sugerindo que o ideal seria um máximo de duas parcelas.


“Desde então, estamos travando essa luta, fazendo todas as conversas com o governo, mas infelizmente não temos avançado. Por isso convocamos nossos servidores para essa paralisação”, explicou Lima, acrescentando que uma greve não está descartada para os próximos dias.


A diretora da Escola Estadual Flodoardo Cabral, Lucilene Oliveira, destacou que o reajuste de 3% é um direito dos profissionais e que as negociações atuais são vistas como desvantajosas pelos servidores. “Precisamos de decisões e que não seja decidido que será pago até 2026 como estão propondo. Precisamos que seja acertado até 2025”, disse Oliveira, reconhecendo que uma greve pode ser prejudicial para alunos quanto para professores, mas considerou que, em certos momentos, é necessária.


A manifestação foi encerrada ainda na manhã desta terça. De acordo com o Sinteac, a categoria decidiu conceder mais uma semana de prazo e realizar uma assembleia deliberativa na próxima quarta-feira, dia 26, às 16 horas, no auditório do Colégio Flodoardo Cabral. Caso não haja uma proposta do governo até lá, a greve será iniciada.


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