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“Eleição não vai ser melzinho na chupeta”, diz Calixto prevendo disputa acirrada para prefeito

Por
Raimari Cardoso

Uma das figuras mais conhecidas do meio político acreano, o ex-deputado estadual Luiz Calixto, auditor fiscal aposentado da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e agora titular da Secretaria de Governo do Acre (Segov), foi o entrevistado desta quarta-feira, 12, do Bar do Vaz.


Calixto começou a conversa dizendo que esta é a primeira vez que exerce um cargo público comissionado, mas que a experiência está lhe proporcionando uma realização pessoal muito grande, ao ser o responsável pela intermediação das políticas de governo.


“Porque estou fazendo algo que nunca fiz na vida, que é intermediar as relações do governo com o parlamento, com os poderes, os sindicatos, as associações e movimentos sociais. Então, isso me despertou um apreço muito grande pelo diálogo. Aquilo que nada resolver, a política resolve”, afirmou.


Para Calixto, é na base do diálogo que o governo tem conseguido as vitórias de que precisa no parlamento. Segundo ele, o fato de o governo ter a fidelidade de 19 parlamentares, isso não significa que eles não possam fazer as suas críticas e expor as suas ideias. Ele lembrou o período em que foi parlamentar, no período da Frente Popular do Acre.


“Os parlamentares eram censurados. Com a FPA era na base do açoite, na base do chicote, e agora na nossa era é na base do diálogo, na base da conversa. E com isso nós temos conseguido todas as vitórias na Assembleia”, destacou.


Perguntado sobre o episódio que resultou na exoneração do presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Alexandre Nascimento, acusado de assédio moral, quando a informação dada em primeira mão pelo ac24horas chegou a ser negada, Calixto disse que a decisão do governo não foi tomada no açodamento e que o governador primou pela presunção da inocência do agente público.


Outro assunto abordado pelo jornalista Roberto Vaz, foram as conversas com o funcionalismo público no ano eleitoral. Calixto disse que o governo tem dívidas com o funcionalismo, mas lembrou que existem limitações legais, se referindo à questão do reajuste dado no ano passado em quatro parcelas, que chegou a ter cogitado o adiamento da segunda parcela, neste mês.


“Eu não quero aqui dizer e não estou afirmando que o reajuste linear que o governo vai dar agora em junho, que já deu o outro em junho do ano passado, seja aquilo que contempla as categorias, que contempla o servidor público, não, longe disso, mas é aquilo que podemos dar, é aquilo que é possível dar, porque o estado tem uma limitação de receitas e o governador tem o compromisso político de honrar religiosamente o pagamento do funcionalismo público em dia”, pontuou.


No campo político, especificamente a respeito do episódio que envolveu a “expulsão” do prefeito Tião Bocalom do Progressistas e a reviravolta que fez com que o partido terminasse se juntando ao PL, para onde Bocalom foi, Calixto demonstrou não querer comentar o assunto, mas disse que foi uma decisão partidária na qual o governador não interfere. “A política comporta as idas e vindas, e ainda bem”, refletiu.


Sobre a candidatura de Bocalom e Alysson, ele disse que acredita na aliança e garantiu que vai cair na campanha, mas como pessoa e não como secretário. “A determinação do governador é que se não use a máquina pública na campanha”.


Convidado a fazer uma projeção sobre a possibilidade de haver ou não segundo turno nas eleições municipais, Calixto avaliou que se houverem três candidaturas consolidadas, com uma terceira via atingindo cerca de 8% das intenções de voto, é possível que ocorra segundo turno. Ele também prevê um pleito muito disputado. “Quem achar que essa eleição vai ser melzinho na chupeta, mamão com açúcar, está equivocado”, disse.


Para fechar, Roberto Vaz perguntou o que há entre Luiz Calixto e Michelle Melo, que têm tido embates. Segundo ele, nada. O secretário de Governo aproveitou para parabenizar ‘atrasadamente’ a deputada, que aniversariou no último fim de semana, fazendo clara alusão ao último episódio, quando o governador foi ao aniversário de Michele. “Ela esculhamba na sessão e a noite vai pedir arrego”, disse Calixto após a deputada abordar o assunto na sessão desta quarta-feira, 12.


Assista ao vídeo:


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Raimari Cardoso

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