A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) monitora o nível dos rios do Acre, com 25 estações hidrometeorológicas, com o objetivo de mensurar o impacto das mudanças climáticas, suas consequências, e subsidiar ações governamentais. O levantamento é realizado pela Sala de Situação, que faz parte do Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma).
O objetivo principal é utilizar dados precisos para subsidiar as políticas públicas e a tomada de decisão em situações de emergência ambiental. As informações são coletadas a partir da rede de estações e os dados armazenados para manter uma série histórica atualizada.
“A Sala de Situação tem papel central nas ações do governo do Acre para a mitigação dos impactos de eventos extremos. Entendemos que dados confiáveis e atualizados são essenciais para que possamos ter uma resposta rápida e eficiente nas emergências ambientais. Em especial neste período de estiagem, o seguimos com as operações integradas para combater às queimadas”, destaca a secretária de Estado do Meio Ambiente, Julie Messias.
Com a chegada do período de estiagem no Acre e em todos os estados da Amazônia Legal, a Sema está monitorando o nível dos rios junto à Rede Hidrometeorológica, e com o apoio das Defesas Civis, que fazem a medição por meio das réguas linimétricas. A partir de um prognóstico de seca, o governo está mobilizado para uma atuação conjunta entre as diversas secretarias e autarquias.
No período da seca, a Sala de Situação funciona como um centro operacional de monitoramento com a finalidade de identificar possíveis ocorrências de eventos críticos em todo o território do Acre. A rotina diária do setor inclui monitorar a precipitação e o nível dos rios, a partir dos dados das plataformas, gerenciadas em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) em tempo real. As informações são analisadas e geram relatórios e boletins que possibilitam identificar possível comportamento e tendência dos rios.
São monitorados os principais rios do estado: Juruá, Tarauacá, Envira, Purus, Iaco, Acre, Abunã, Xapuri e igarapés prioritários. Para uma avaliação mais precisa, a análise realizada pela equipe técnica associa os níveis dos rios a informações meteorológicas, como, por exemplo, o volume da chuva instantânea e acumulada, temperatura, umidade relativa do ar, focos de calor, fenômenos climáticos como o El Niño, dentre outros.
Este trabalho revela com uma certa antecedência o que pode ser esperado do período de estiagem, explica o coordenador do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental do Estado do Acre (Cigma), Cláudio Cavalcante.