Na reportagem desta semana, o videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, destaca um tema bastante conhecido entre ex-dependentes químicos: a luta pela ressocialização e a busca pela reinserção ao mercado de trabalho, caminho imprescindível para retomada da dignidade.
A abordagem teve como ponto de partida os últimos encontros do videomaker com antigos moradores de rua do centro da capital acreana, onde gravou duas de suas reportagens veiculadas aqui, para então chegar a uma personagem marcante da luta contra a dependência química.
São histórias como a do autônomo José Pessoa, que atualmente vive da venda de frangos, e que mesmo passados 13 anos da libertação das drogas ainda luta contra pensamentos que o remetem ao passado de muito sofrimento. “Com fé em Deus a gente vem vencendo para não voltar”, diz.
Mas a personagem central do vídeo desta semana é Patrícia Neves, de 48 anos de idade, que morou nove anos nas ruas e passou por 19 internações em clínicas de reabilitação. Hoje sóbria e livre das drogas, ela insiste em distribuir currículos pelo comércio de Rio Branco, até o momento, sem sucesso.
“Quem não me conhece e vê o meu currículo, que não é ruim, recebe bem. Mas se a pessoa souber que já estive em situação de rua, e eu já estou há tanto tempo fora dela, mesmo assim a pessoa recebe com um certo ‘cuidado’, ela afirma.
A reportagem mostra a demonstração de coragem e a determinação de uma mulher próxima dos 50 anos de idade que venceu as drogas pela força, e que agora luta por uma vida de dignidade, direito do qual ela não se permite desistir.
“Cesta básica ajuda, mas não resolve o problema. Eu quero trabalhar para me manter e dar uma vida para a minha família. Ter um conforto em casa que eu não posso proporcionar se não estiver trabalhando. Com o trabalho, além da dignidade, a gente reaprende a cuidar da vida financeira e se reorganizar”, enfatiza.
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