Após a compra das 263 mil toneladas de arroz importado em leilão público, o governo federal deve começar a dar os próximos passos (confira mais informações a seguir) e iniciar a armazenagem, o empacotamento e a distribuição do grão para a população.
O pré-leilão foi marcado por uma batalha judicial para impedir a compra do produto importado, motivada pela resistência de setores produtivos gaúchos e parlamentares da oposição. Mas, ao final, a aquisição foi autorizada pela Justiça Federal, e o Brasil comprou, na última quinta-feira (6/6), a primeira remessa do alimento importado para conter eventual alta de preços do alimento após as enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pagou um pouco mais de R$ 1,3 bilhão pelo carregamento do grão. A Conab recebeu autorização do governo Lula (PT) para comprar até 300 mil toneladas de arroz.
Quanto o Brasil comprou?
Ao todo, o país vai importar 263,37 mil toneladas de arroz. O volume adquirido corresponde a 87,79% do total de 300 mil toneladas do pedido inicial do governo. Para comprar o produto, a Conab desembolsou R$ 1,3 bilhão, dos R$ 1,7 bilhão liberados.
A Conab explica que compra o grão de empresas brasileiras que ficam responsáveis pela importação do produto.
“Avaliamos que foi um sucesso esse primeiro leilão”, avaliou o presidente da Conab, Edegar Pretto. Segundo ele, a compra do alimento será feita de maneira escalonada, ou seja, “conforme a necessidade”.
Qual a origem do arroz?
A origem do produto apenas será conhecida após a apresentação do Documento de Importação pelas empresas arrematantes. A expectativa da Conab é que essa informação fique disponível em até 15 dias.
Os lotes arrematados foram para os estados da Bahia, do Ceará, do Espírito Santo, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, do Pará, da Paraíba, do Paraná, de Pernambuco e de São Paulo. Enquanto, os lotes destinados para Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins não foram comercializados.
Quando o carregamento chega ao Brasil?
O arroz deverá chegar aos armazéns da Conab até 8 de setembro, conforme edital publicado em 29 de maio pela própria companhia. Além disso, o alimento será entregue em três etapas, com prazo mínimo para o fornecimento de 90 dias e o máximo de 150 dias.
Para onde vai o arroz?
Os pacotes de arroz serão destinados a pequenos varejistas, mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos em regiões em que há insegurança alimentar. Essas lojas serão cadastradas pela Companhia Nacional de Abastecimento.
O edital ainda prevê que o valor do produto deverá estar estampado na embalagem do cereal, em um selo padronizado.
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