A Justiça da Holanda reconheceu a legitimidade de comunidades ribeirinhas e quilombolas do Pará para atuar em ação coletiva contra multinacional norueguesa por contaminação ambiental no Estado.
A decisão permite que as comunidades da região de Barcarena representem mais de 11 mil pessoas afetadas pelos resíduos tóxicos liberados pela empresa durante o processamento de bauxita, que resultaram em problemas de saúde, como doenças de pele e câncer.
Na corte holandesa, o caso julgado relaciona-se a um vazamento de resíduos tóxicos em Barcarena ocorrido em 2018, que contaminou rios e igarapés da região, fato confirmado por laudos do Instituto Evandro Chagas.
A empresa, contudo, nega que tenha ocorrido qualquer transbordo que não tenha sido devidamente tratado e monitorado pelas autoridades competentes.