QUANDO o governador Gladson Cameli tem uma agenda fechada e privilegiada com o presidente Lula, a quem enche de elogios e o convida para uma visita oficial ao estado, mostra que na política deve prevalecer o pragmatismo. Num estado que vende o almoço para pagar em dia o jantar salarial dos servidores públicos, que depende, essencialmente, de repasses do governo federal, um governador não pode se dar ao luxo de embarcar em posições de extremistas da direita bolsonarista, que torcem a cara para quem se aproxima do presidente Lula. Com essa sua agenda especial com o Lula, o governador Gladson chuta para longe os que querem ver o governo embarcar no navio do radicalismo. O Acre é um estado pobre e sempre precisou do governo federal. Ideologia, extremismo, não coloca dinheiro nas contas do governo do estado para fazer obras.
GUERRA DA ÁGUA BENTA
O PADRE Mássimo Lombardi tem razão ao dizer que o posto de vice é figurativo no Executivo. Mas não respeita a história política do Acre (ou não conhece), quando tenta descolar a Igreja Católica da esquerda. O PT nasceu e cresceu no estado, nas entranhas das comunidades eclesiais de base da Prelazia do Acre, comandado pelo então Bispo Dom Moacyr Grechi. Quem não se lembra do Padre Asfury, puxando as passeatas na capital dos candidatos a prefeito e a governador do PT? Não merece, pois, excomunhão, o fato do Padre Antônio Menezes ser candidato a vice-prefeito de Xapuri pelo PSB. O PT (partido de esquerda), e a Igreja Católica sempre foram uma simbiose na capital e municípios do Alto Acre. A história é a história, Padre Mássimo!
SEMPRE FOI AMIGO
AINDA porque, o Padre Mássimo sempre teve relações muito próximas com os governadores petistas, que governaram o Acre por duas décadas.
AMÉM E SIM SENHOR
OS deputados de oposição não vão chegar a lugar algum neste debate sobre o comando do IAPEN, convocando o chefe do gabinete civil, Jonathan Donadoni. O Donadoni é pau mandado, limita-se a dizer amém e sim senhor ao que quer o governador Gladson Cameli. Quem assina as demissões ou nomeações é o Gladson, até por ser sua atribuição.
NOME MAIS CITADO
NÃO sei se este será o desfecho – mesmo porque não há nenhuma manifestação oficial do Marcus Alexandre – mas um nome que toma corpo no MDB para vice na sua chapa, é o do ex-deputado Jenilson Leite (PSB), que teve 32 mil votos para senador, na capital. Um senhor cacife.
TROMBOU COM VIANISMO
O EX-DEPUTADO Jenilson Leite (PSB) sempre foi um parlamentar que primou pelo equilíbrio. Nunca foi um esquerdista porralouca. Foi candidato a senador, trombando contra a força do vianismo do PT, comandado pelo ex-senador Jorge Viana. Aliás, o Jenilson, pela sua independência, hoje não é visto com bons olhos dentro do PT, por ousar a enfrentar seus caciques.
O TEMPO CORRE…..
O TEMPO corre, o tempo voa, e a última pesquisa interna de um partido voltou a mostrar que o quadro da disputa da prefeitura de Rio Branco não mudou. Também, não mudou para o governo. Já para o Senado, o quadro é de mudanças e com surpresas no jogo da briga pelas duas vagas que serão disputadas em 2026.
É BOM NÃO BRIGAR
NÃO é recomendável brigar com pesquisas, que não decidem a eleição, mas sempre dão um norte do panorama de momento da disputa.
SEM CHANCE
CONHEÇO o senador Sérgio Petecão (PSD) antes de ser político. Por isso, essa sua afirmação de que não vai brigar pela indicação do vice do Marcus Alexandre (MDB), não me causa surpresa. Sem chance de voltar atrás no apoio ao candidato Marcus Alexandre (MDB); por ter, também, como foco derrotar o prefeito Bocalom.
NÃO SOMOU NADA
O QUE somou como cacife político, o PSD ter a Marfisa Galvão (PSD) de vice? Nada. O prefeito Bocalom brecou qualquer ação política dela.
ESTÃO NO PÁREO
NO PSDB, também, tem mulher candidata a vereadora que está na disputa com chance de abiscoitar um mandato: Lana Vaz (PSDB) e Degmar Kinpara (PSDB).
PARA QUEM NÃO SABE
DEPOIS da aprovação da PEC do deputado Gerlen Diniz (PP) na ALEAC, o governador Gladson e nem a vice-governadora Mailza Assis – essa se assumir o governo em 2026 – não terão direito a pensões de ex-governadores. Só recebem os governadores anteriores à PEC do Gérlen. Convenhamos, foi uma PEC profilática, essa do Gérlen.
PESQUISAS COMO BALIZA
DOIS políticos que sempre balizaram as suas ações por pesquisa de opinião pública: Flaviano Melo (MDB), quando esteve no governo e na prefeitura; e, agora o governador Gladson Cameli.
BICOS RACHADOS
OS tucanos estão de bicos rachados na disputa da prefeitura de Rio Branco. Uma parte do partido quer apoiar o Marcus Alexandre e outra o prefeito Tião Bocalom. Só que o presidente Luiz Gonzaga quer aliança com o Bocalom, sob argumento ser o partido da base do governo na ALEAC. Quer agradar o Gladson.
NÃO ESCUTA NINGUÉM
A FRASE acima é comum se ouvir não só de outros setores, mas do próprio secretariado do prefeito Tião Bocalom, que toma decisões sem considerar sugestões dos que o cercam. O Boca é ele e mais ninguém.
OPINIÃO PESSOAL
NÃO é nada científico, mas uma opinião de vivência política: o candidato Emerson Jarude (NOVO) pode chegar na campanha aos dois dígitos nas pesquisas para a PMRB.
O PERIGO MORA AO LADO
OS principais adversários dos vereadores que apoiam o prefeito Tião Bocalom, não serão os seus concorrentes da oposição; mas o fato da máquina municipal estar direcionada para eleger os ex-secretários Joabe Lira e Sheila. O perigo mora ao lado.
CORRER DOBRADO
OS vereadores da base do prefeito Tião Bocalom vão ter que correr dobrado para se reelegerem. Não é fácil enfrentar candidatos movidos pela máquina municipal.
SAFRA MUITO FORTE
O QUE dá para se prever que haverá uma renovação em massa na Câmara Municipal de Rio Branco; é que a atual legislatura (com raras exceções) foi fraca, e pelo grande número de novos candidatos com forte estrutura política.
SEM NOMES
TEM deputado do Juruá que fala abertamente contra a candidatura do prefeito Zequinha Lima. Quem tem um aliado como esse, não precisa de adversário na oposição.
ESTÁ NA BRIGA
O DEPUTADO Edvaldo Magalhães (PCdoB) revelou ontem ao BLOG que seu partido pretende indicar o vice do candidato a prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PP).
FRASE MARCANTE
“Passarinho que come pedra sabe o c* que tem”. Ditado popular nordestino.
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