O governador Gladson Cameli resolveu expor nesta quarta-feira, 5, que não vai aceitar pressão do deputado Arlenilson Cunha (PL), integrante da sua base de apoio, que discordou publicamente na tribuna da Assembleia Legislativa da nomeação do delegado Marcos Frank para o cargo de presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), no lugar de Alexandre Nascimento, demitido na semana passada após ser acusado por policiais penais de praticar assédio moral.
“Eu não vou aceitar pressão num assunto sério como esse. Conversei com o delegado Marcos Frank e afirmei que por enquanto ele é interino, mas que a efetivação só depende dele. Aliás, penso em seriamente em efetivar o delegado no Iapen, só depende dele”, disse o governador ao ser questionado pelo ac24horas.
Na terça-feira, 4, Cunha expôs que o ato do governador nomear um delegado para comandar o Sistema Prisional é uma “resposta negativa” à categoria dos Policiais Penais. Ele defendeu que um policial penal fosse nomeado para a função. Nos bastidores, o parlamentar sempre defendeu que um indicado seu assumisse o Instituto, mas seus anseios não vem sendo atendidos pelo Palácio Rio Branco.
Como a iminente saída de Alexandre do cargo, nos bastidores chegou a se colocar o nome do de Eden Azevedo, presidente da Associação dos Policiais Penais, como o indicado para assumir a missão, mas a possibilidade foi rechaçada pelo núcleo duro do governo após o Policial Penal afirmar em audiência pública na Assembleia Legislativa que o Estado do Acre era dominado pelas facções.