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Tribunal da Holanda vai julgar mineradora norueguesa por impactos ambientais no Pará

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A Justiça holandesa reconheceu a legitimidade da Cainquiama (Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia) como representante das comunidades que sofreram – e sofrem até hoje – com as consequência dos impactos ambientais provocados pela Norsk Hydro, desde 2002, nas cidades de Abaetetuba e Barcarena, região nordeste do Pará.


A decisão da Corte de Roterdã foi dada na última quinta-feira (30) e é considerada um passo importante na luta em defesa destas comunidades, que somam aproximadamente onze mil pessoas afetadas pela poluição por rejeitos resultantes da atividade mineradora na região.

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O processo é movido na Holanda porque a empresa possui atividades subsidiárias no país. Na ação, nove indivíduos, além da Cainquiama, buscam indenização por danos moral e material causados às famílias que foram e continuam expostas a resíduos tóxicos do processamento de alumínio – principal atividade da empresa no território paraense.


Os prejudicados alegam problemas de saúde, como câncer, doença de Alzheimer, doenças de pele, problemas de estômago e diarreia.
Segundo a presidente da Associação Cainquiama, Maria do Socorro, a comunidade onde ela mora está sem tratamento médico há mais de sete anos.


• 2002: Derramamento de Coque no Rio Pará


Cerca de 100 quilos de coque, um pó preto derivado do petróleo também conhecido como carvão mineral.


• 2003: Vazamentos de Lama Vermelha em Barcarena


Em abril de 2003 ocorreu um vazamento significativo de lama vermelha das bacias de rejeitos da Alunorte, resultando na contaminação do Rio Murucupi.


• 2003: Rompimento de Tanque de Soda Cáustica na Alunorte


Um tanque contendo soda cáustica na Alunorte se rompeu, resultando na poluição do Rio Pará com essa substância altamente corrosiva.


• 2004: Chuva de Fuligem em Vila do Conde


A localidade de Vila do Conde experimentou uma chuva de fuligem, com praias, rios, residências e estabelecimentos comerciais cobertos por um material particulado de coloração preta. A camada de fuligem atingiu até cinco centímetros de espessura.


• 2005: Novo Rompimento de Tanque de Soda Cáustica na Alunorte


A Alunorte foi novamente responsável por um vazamento de soda cáustica, desta vez no Rio Pará
• 2009: Vazamentos de Lama Vermelha no Rio Murucupi e Impacto nas Comunidades


Novo vazamento de lama vermelha proveniente das bacias de rejeito da Alunorte no Rio Murucupi
• 2014: Relato de Vazamento de Material Cáustico pela Hydro

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A Hydro reportou em seu relatório anual a ocorrência de um vazamento de material cáustico em sua fábrica.
• 2018: Vazamento Significativo de Lama Vermelha da Alunorte


Em 16 e 17 de fevereiro de 2018, um vazamento substancial de lama vermelha do depósito de rejeitos da Alunorte resultou na poluição de diversos rios e mananciais, expondo os moradores locais a riscos ambientais e de saúde.


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