Os diagnósticos da Bacia do Rio Acre apresentados nessa segunda-feira, 27, para o governador Gladson Cameli mostram que serão necessárias medidas mais amplas para reduzir os impactos das enchentes no Acre.
As cheias dos rios inundaram comunidades e cidades praticamente inteiras, como Brasiléia, duramente castigada pela enchente do Rio Acre. No total, em todo o Estado, as alagações deste ano afetaram 120 mil pessoas, segundo estimativas do governo.
As medidas urgentes, conforme o diagnóstico exposto diretamente ao governador, são implementação de obras de drenagem e canalização para aumentar a capacidade de escoamento das águas pluviais; manutenção e limpeza periódica de canais e galerias para prevenir obstruções e inundações; definição de áreas de risco e restrição para ocupação urbana, evitando a construção em áreas suscetíveis a enchentes; promoção de práticas de uso do solo sustentáveis e conservação de áreas de proteção ambiental; implementação de sistemas de monitoramento hidrológico em tempo real, para detectar precocemente o aumento dos níveis dos rios; e estabelecimento de protocolos de alerta e planos de evacuação para comunidades vulneráveis, entre outras.
Já para a seca severa, que também deve atingir o estado de maneira mais rígida este ano, a orientação principal é a construção de reservatórios de pequeno e médio porte; implantação de reservatórios comunitários e em propriedades rurais e gestão desses tanques para múltiplos usos.
“O Rio Acre é uma veia essencial que leva vida para todo o nosso estado. Faz parte da nossa história e da memória afetiva do nosso povo. Temos que encontrar um ponto de equilíbrio para que as águas do Rio Acre possam fluir naturalmente, trazendo paz, bem-estar e prosperidade para o povo acreano. Por isso, esse estudo técnico realizado pela Secretaria de Habitação e Urbanismo é fundamental para gerarmos propostas de obras que possam proteger os moradores das secas e inundações”, disse Gladson.
Entre as sugestões, há construções de barragens, desocupação de áreas às margens do rio e criação de sistemas de alerta para a população. O estudo foi dividido em seis sessões, começando pelo plano de contingência; sistema de monitoramento chuva-vazão; plano de macrodrenagem e sistema de alerta de socorro.
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