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Adiamento de aprovação do PL de R$ 59 milhões prejudica empresas e trabalhadores, diz Adriano

A não aprovação na Câmara Municipal nesta terça-feira, 28, do Projeto de Lei Complementar que trata da “Abertura de Crédito Adicional Suplementar por Superávit Financeiro” de R$ 59 milhões à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (SEINFRA), para os custeios do Programa “Asfalta Rio Branco”, deve acarretar prejuízos financeiros às empresas que executam as obras no município.


De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, o fluxo negativo criado pelas despesas, até o momento, já representa um prejuízo em torno de 7%, em função das especulações do mercado e do desembolso adiantado para a aquisição dos insumos, que são empregados nos serviços e que são 80% importados de outros estados.


“Somados aos compromissos de impostos e encargos que irão atrasar, além da mão de obra já suportada no primeiro mês, podemos estar considerando um total de 10% direto, em função da virada do segundo mês”, declarou.


Segundo Adriano, as empresas vêm trabalhando desde abril e lamentou que os pagamentos podem não ocorrer em dia, como prometido pelo prefeito Tião Bocalom. “Desde abril já estamos trabalhando e a esperança era que os pagamentos acontecessem em dia, como ele mesmo afirmou várias vezes. O problema é que só agora, passados quase 60 dias, ficamos sabendo que, para poder utilizar o que ele diz ter em caixa por ser superávit, depende de autorização da Câmara. Somente na semana passada é que a equipe dele foi tentar resolver isso e encaminhou o pedido na sexta-feira”, comentou.


O presidente da FIEAC também mencionou o impasse entre o Poder Executivo e o Legislativo, afirmando que a demora vai atrasar ainda mais os repasses. “Estamos acompanhando também na Câmara, mas, para nossa surpresa, o Neném, que é o presidente, resolveu suspender essa votação sem motivo. O que acontece é que, mesmo que ele vote amanhã, tem um feriado na quinta-feira que vai impossibilitar a publicação. Só na próxima sessão, na semana que vem, na terça-feira, que seria publicado. Ou seja, estamos falando de mais duas semanas de angústia”, mencionou.


Segundo Adriano, as medições, que variam de acordo com as condições de cada empresa, estão estimadas em R$ 15 milhões. “Então, aproximadamente, estamos falando de R$ 1.500.000,00 no total”, disse.


O representante da classe empresarial ainda afirmou que os empresários compram material antecipadamente. “Todo o material que utilizamos nessas obras, por ser pavimentação asfáltica, é importado, e pagamos adiantado. Hoje, só conseguimos comprar pedra se pagarmos adiantado, só conseguimos comprar o insumo para fabricar o asfalto se fizermos pagamento adiantado, e o combustível, usado tanto nos transportes como na própria confecção do asfalto, também precisa ser pago adiantado. Enfim, entre outras situações, a questão ficou muito delicada para as empresas continuarem de qualquer forma”, encerrou.


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