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No Acre, 99% das moradias rurais tem privação da rede geral de água tratada

Por
Edmilson Ferreira

Apesar de essenciais para a agricultura e a pecuária no país, os trabalhadores rurais convivem com saneamento básico ainda precário. Isso impacta diretamente suas vidas, uma vez que o acesso à água potável é fundamental para as atividades na área rural. No Acre, 99% das moradias rurais estão privadas do acesso à rede geral de água. São cerca de 335 mil pessoas que vivem sem saneamento básico.


De acordo com o estudo realizado pelo Trata Brasil, intitulado “A vida sem saneamento: para quem falta e onde mora essa população?, do total das moradias brasileiras com privação de acesso à rede de distribuição de água tratada, 35,8% estavam em áreas urbanas e 64,2% em áreas rurais, indicando uma inadequação maior das moradias no deste meio. Essa ideia foi corroborada com o fato de que 6 a cada 10 moradias rurais do país não dispunham de rede de acesso.


Em termos demográficos, contudo, a distribuição é ligeiramente distinta, em que 51,5% da população em privação de acesso à rede de água morava nas áreas urbanas das cidades brasileiras, enquanto que apenas 48,5% das pessoas nessa situação estavam nas áreas rurais. Assim, o percentual da população total de cada região que estava em privação de acesso à rede geral de água tratada acabou sendo levemente maior entre os habitantes de áreas urbanas.


Em uma visão macro, as estatísticas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada (PNADC), presente no estudo, indicam que, em 2022, 8,916 milhões de moradias não estavam ligadas à rede geral de abastecimento de água tratada, o que correspondeu a 12% do total de residências no país, afetando 27,270 milhões de pessoas. A maior parte delas (35%) estava localizada nos estados do Nordeste brasileiro, totalizando 3,117 milhões de residências em 2022.


Além disso, a análise identificou que 70,2% da população que reside em moradias sem acesso à rede de distribuição de água tratada está abaixo da linha de pobreza.


Como meta estabelecida pelo Novo Marco Legal do Saneamento, o país deve atender 99% da população com acesso à água e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033. O fomento do investimento de soluções especializadas e inovações no setor configuram-se essenciais para que o saneamento básico chegue de maneira plena nas zonas rurais.


O estudo pode ser acessado aqui: https://tratabrasil.org.br/wp-content/uploads/2023/11/VERSAO-FINAL-PRIVACAO-DO-SANEAMENTO.pdf


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Edmilson Ferreira

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