Os cerca de 150 analistas do mercado financeiro consultados semanalmente em pesquisa realizada pelo Banco Central (BC) voltaram a elevar as projeções para a inflação em 2024, 2025 e 2026. Pela segunda vez seguida, eles também aumentaram a estimativa para o dólar neste ano. É isso o que mostra o último Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (27/5) pelo BC.
A alteração sobre a estimativa do comportamento dos preços no mercado representa a mudança mais relevante do Focus desta semana. Agora, o mercado projeta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar o ano em 3,86%, ante 3,80% na semana passada e 3,76% na anterior. Esse, portanto, foi o terceiro aumento seguido da previsão para o IPCA neste ano.
Há mais. Também subiram as estimativas para o IPCA dos próximos dois anos. Para 2025, ela foi de 3,74% para 3,75%. Há três semanas, estava em 3,66%. No caso de 2026, depois de meses, ela também se movimentou. Subiu de 3,50% para 3,58%
Na semana passada, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o aumento da expectativa de inflação era “uma notícia bastante ruim para o BC”. Na ocasião, ele citou a projeção para 2025. Desta vez, a situação piorou, porque também houve avanço na estimativa de 2026.
Dólar mantém alta
Os analistas consultados pelo BC voltaram a aumentar a previsão do dólar para 2024, que chegou a permanecer estável por duas semanas. De acordo com as novas projeções, a moeda americana deve terminar o ano cotada a R$ 5,05. Na semana passada, o valor era de R$ 5,04. Antes desse acréscimo, a estimativa vinha sendo mantida em R$ 5,00.
Selic estável
No caso da Selic, a projeção para 2024 não sofreu alteração. Ela ficou em 10,00%. Hoje, a taxa está em 10,50%. Isso quer dizer que, para os analistas, ela só será reduzida em 0,50 ponto percentual até o fim deste ano. A taxa para 2025, 2026 e 2027 ficou em em 9% ao ano, mesmo patamar da semana passada.
A estimativa para os juros básicos sofreu forte reversão há pouco mais de um mês. A partir de 22 de dezembro e durante as 16 semanas seguintes, o mercado manteve a previsão em 9% ao ano para 2024. Há seis semanas, no entanto, os técnicos aumentaram o número para 9,13% e, a seguir, para 9,50%. Depois, ele passou para 9,63% e 9,75%.
Incertezas
A ascensão da estimativa dos juros básicos tem sido resultado do avanço das incertezas na economia tanto no campo internacional como no doméstico. No exterior, está cada vez mais distante a perspectiva de redução de juros nos Estados Unidos em um curto prazo.
No cenário interno, as dúvidas reverberaram de forma mais intensa desde a mudança da meta fiscal para os anos de 2025 e 2026, anunciada pelo governo Lula no mês passado. A tragédia no Rio Grande do Sul piorou esse quadro.
Por conta dessas dúvidas, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, reduziu o ritmo de cortes dos juros no Brasil, em sua última reunião, nos dias 7 e 8 de maio. Na ocasião, a taxa foi cortada em apenas 0,25% ponto percentual.
PIB sem alterações
No último Relatório Focus, os analistas mantiveram a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,05% para 2024. Na semana passada, ela havia caído de 2,09% para o atual nível. A perspectiva do PIB deu uma arrancada por cerca de dez semanas seguidas. Há pouco mais de um mês, ela estava em 1,85%. Até fevereiro, permaneceu estável em 1,60%.
Relatório Focus
O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central e traz a evolução semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.
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