Acre registrou 61 casos agudos de doença de Chagas com 9 óbitos entre 2010 e 2020

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Raimari Cardoso
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Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan – divulgados em boletim epidemiológico pelo Ministério da Saúde (MS) apontam que o Acre registrou 61 casos agudos de doença de Chagas com 9 óbitos em pouco mais de uma década, entre os anos de 2010 e 2020.


O município com o maior número de casos foi Feijó, com 22 ocorrências. Os outros municípios acreanos que registraram casos foram Cruzeiro do Sul e Marechal Thaumaturgo, com 13 casos cada um, Porto Walter e Rodrigues Alves, com 3 casos cada um, Jordão, Mâncio Lima e Tarauacá, com dois casos, e Rio Branco, com 1 caso.


A doença de Chagas se insere no grupo de doenças tropicais negligenciadas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde do Brasil (MS), apresentando elevada prevalência e expressiva carga de morbimortalidade, perpetuando um ciclo crítico de pobreza.

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Trata-se de uma condição infecciosa crônica, cuja lógica de enfrentamento aproxima-se das doenças crônicas não transmissíveis, exigindo uma resposta social adequada dos sistemas nacionais a partir de suas redes de atenção à saúde (RAS), do Sistema Único de Saúde (SUS).


Endêmica em 21 países das Américas, a infecção pelo Trypanossoma cruzi (T. cruzi) acomete aproximadamente 6 milhões de pessoas, com incidência anual de 30 mil casos novos na região, ocasionando, em média, 14.000 mortes/ano e 8.000 recém-nascidos infectados durante a gestação.


Sobre a doença


A doença de Chagas é causada por um parasito e transmitida principalmente através do inseto conhecido como “barbeiro”. O agente causador é um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas.


Os “barbeiros” abrigam-se em locais muito próximos à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Também se escondem em frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e baús.


A transmissão se dá pelas fezes que o inseto deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O protozoário contido nas fezes do vetor pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes na pele.


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