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Seminário ‘Profissões do Futuro’ discute novas tecnologias de trabalho na Fieac

FOTO: SÉRGIO VALE/AC24HORAS
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O Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre realizou, na tarde desta quinta-feira, 23, o Seminário Profissões do Futuro. O evento ocorreu no auditório da Fieac, localizado na Avenida Ceará, 7º BEC – Jardim Nazie.


O seminário contou com a participação de três especialistas vindos de São Paulo, Brasília e do próprio Acre. As palestras estrategicamente abordaram a relevância das profissões do futuro para empresas e setores em expansão. O presidente José Adriano enfatizou a importância de acompanhar os avanços tecnológicos no mercado de trabalho, especialmente relacionados à inteligência artificial (IA).


“É essencial mantermos nossa capacidade cognitiva atualizada, o que envolve a disposição para aprender e adaptar-se às mudanças. O mundo tecnológico avança rapidamente, e a idade de acesso à informação está diminuindo. Logo, algumas profissões tradicionais podem desaparecer em breve”, declarou Adriano.

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FOTO: SÉRGIO VALE/AC24HORAS

Ele também revelou que, nos últimos dois anos da pandemia de COVID-19, o mundo evoluiu cerca de 20 anos na área tecnológica. ““Avançamos 20 anos em apenas dois no que se refere a essas ferramentas. Antes, era muito difícil se conectar e conversar no interior do nosso estado. Hoje, isso já acontece de forma muito rápida, sem a necessidade de se deslocar de um local para outro para resolver determinadas situações. Do ponto de vista profissional, é a mesma coisa. A educação evoluiu muito, com inúmeros conteúdos disponíveis. É um universo a ser descoberto por essa juventude. Queremos alertar a todos: o que vocês veem hoje talvez não exista no futuro, então é melhor ficar atento a essas mudanças”, acrescentou.


O presidente do Fórum também discutiu a necessidade de aproximar o ambiente físico da realidade virtual, além de defender o trabalho remoto como uma forma de reduzir despesas. “Podemos trabalhar em um formato virtual e híbrido, como foi feito durante os dois anos da pandemia. Os resultados são até melhores em termos de entrega. Assim, podemos descobrir uma forma de reduzir os custos de manutenção de veículos e de grandes estruturas de gabinetes no Estado, reinvestindo essa economia em educação e em ferramentas tecnológicas para ampliar o acesso, inclusive elevando o nível de transparência”.


O superintendente do Observatório Nacional da Indústria na Conferência Nacional da Indústria (CNI), Márcio Guerra, do Distrito Federal (DF), ministrou a palestra “Desafios e Oportunidades”. Ele ressaltou que as profissões do futuro estão evoluindo rapidamente e podem chegar ao Acre em 5 anos. Guerra defendeu que a juventude precisa estar preparada para a modernidade. “Essas transformações estão acelerando ainda mais o processo globalmente e serão uma realidade também em nosso país. É importante que a juventude esteja atenta ao que acontecerá nesse novo mercado de trabalho, como a tecnologia transformará essas novas ocupações e a necessidade de manter-se qualificada constantemente”, afirmou o palestrante.


Guerra reconheceu que a inteligência artificial não é algo novo; na verdade, teve início há mais de 70 anos. No entanto, ele destacou os avanços recentes nessa área. “As coisas estão acontecendo com velocidade impressionante, e cada dia somos surpreendidos por novas tecnologias e processos mais inteligentes. Precisamos refletir sobre o novo papel que desempenharemos em uma sociedade que mudará rapidamente nos próximos anos”, explicou.


O doutor em economia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Rubicleis Gomes, avaliou que as profissões do futuro devem eliminar muitas já existentes e considera que o perfil dos trabalhadores sofrerá mudanças. “Algumas profissões que temos hoje no mercado de trabalho serão extintas, enquanto outras surgirão. O que está muito claro é que o perfil dos trabalhadores vai mudar. O profissional do futuro precisará falar inglês fluentemente, ter domínio de informática, saber programar e entender de economia, estatística e administração, especialmente na área de negócios”, disse.


Opinião dos jovens sobre as profissões do futuro


Edivan Henry, um jovem estudante de Sistemas de Informação com 18 anos, não se assusta com as mudanças futuras. Para ele, as novas oportunidades serão variadas. “Hoje em dia, há uma ampla variedade de empregos relacionados à nova tecnologia, à inteligência artificial e ao avanço tecnológico. No meu curso, que é de sistemas, antigamente eu não sabia muito sobre programação, e havia um certo preconceito de que ficaríamos apenas no computador. No entanto, hoje em dia, essa área é muito promissora e continuará crescendo.”


Henry também acredita que, apesar dos avanços da inteligência artificial, ela não será capaz de substituir completamente os seres humanos no mercado de trabalho. “Não, isso não é possível. É muito difícil funcionar perfeitamente, e mesmo quando funciona, requer intervenção humana para corrigir erros”, opinou.


O seminário é realizado em parceria com o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), a Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e o Senai.


VEJA AS FOTOS DE SÉRGIO VALE:


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