Um padre no caminho dos coronéis políticos de Xapuri

MONTADO na sua moto, o Padre Antônio Menezes (foto) tem levado a palavra de Deus aos mais distantes rincões de Xapuri. “A moto chega nos ramais abandonados, onde as Hilux dos coronéis da política de Xapuri não conseguem chegar”, revelou ontem ao BLOG o Padre Antônio (PSB) – foto, que este ano trocou a pregação religiosa pela pregação política, como candidato a vice na chapa do professor Erivelton (PT). Ele é a grande novidade na política xapuriense, acostumada a ver como protagonistas dois coronéis disputando e se revezando no poder, o deputado Manoel Moraes (PP) e o ex-deputado Antônio Pedro (UB). “Nós temos que fazer em Xapuri uma administração histórica, com novos rumos para o povo, por isso entrei na política”, diz ele. Padre Antônio começou como vendedor de confecções nas ruas de Xapuri, depois foi professor, antes de assumir o sacerdócio. “Estou apenas atendendo um pedido do povo, quando resolvi colocar meu nome como vice do Erivelton”, revela o Padre, que é a novidade na campanha daquele município. Junto com o candidato a prefeito Erivelton (PT), Padre Antônio (PSB), vai tentar quebrar a hegemonia dos caciques da política de Xapuri. “O projeto do coronelismo está fracassado e nada fizeram até aqui para Xapuri. Se preparem que vai acontecer um movimento histórico aqui em Xapuri, o povo tem olhos de águia. Se o povo quer nossa candidatura com o Erivelton; nós vamos atender e fazer história”, concluiu um entusiasmado Padre Antônio.

QUASE ZERO

ZERO não existe em política, mas é quase zero a chance de Alysson Bestene (PP) ser vice do Marcus Alexandre. A maioria esmagadora do diretório do PP é dominada pelo grupo Bestene, que faz o jogo do Bocalom.

NEM EM DISCUSSÃO

A POSSIBILIDADE de ter Alysson Bestene de vice de Marcus Alexandre (MDB), nem é mais foco de discussão no MDB. Aliás, há o entendimento de que, pela sua não aceitação popular, é melhor o Alysson ser vice de Bocalom.

PP ENTRA RACHADO

EM qualquer hipótese – indo com o Bocalom ou com o Marcus – o PP entrará rachado na eleição para prefeito da capital. A unidade no PP está mais para um saco de gatos.

NÃO SE VALIDA FAKE NEWS

A IRA da ala extremista de direita do bolsonarismo com a mídia tradicional, é que essa por fazer jornalismo profissional; não valida as fake news do grupo do ex-presidente. Só isso.

PEGANDO MAL

SÓ se convoca uma coletiva quando existe algo importante para acontecer. O prefeito Bocalom tem convocado coletiva para anunciar obras para 2025, que nem sabe se será reeleito. Combinou com o eleitor a sua vitória?

ELEIÇÃO NÃO DECIDIDA

A ELEIÇÃO não está decidida em Cruzeiro do Sul. Há toda uma campanha de prefeito pela frente. Além do grande número de apoios políticos, o prefeito Zequinha tem mais de 60 milhões para obras e 25 milhões a serem gastos na infraestrutura da cidade, o que pode ter um impacto favorável na sua busca pela reeleição.

CLIMA POSITIVO

O MÉDICO Jenilson Leite (PSB) teve mais de 30 mil votos na capital, quando foi candidato a senador. Sabe onde a coruja dorme. Jenilson disse ontem ao BLOG que vê um clima positivo na população a favor da candidatura a prefeito do Marcus Alexandre (MDB). Tem seu apoio.

ESPERANDO GRANA

OS PREFEITOS que se filiaram ao PP, os candidatos a prefeito pelo partido, estão todos esperando um derrame de dinheiro do governador Gladson para tocar suas campanhas ou de seus afilhados. Vão ficar com a cuia na mão. O Gladson, depois da última decisão do STJ, não vai abrir os cofres públicos para complicar sua situação de réu na “Operação Ptolomeu”. Não cometeria burrice.

PÉS PELAS MÃOS

O PROBLEMA do PP é que muita gente fala pelo partido. Até o Márcio Pereira virou porta-voz das decisões não finalizadas. Panela que muito se mexe ou a comida sai insossa ou salgada. A panela do PP é mexida por várias mãos.

É QUEM DÁ O GRITO

É TOLICE se debitar ao presidente do diretório municipal do PP, Aberson Carvalho, qualquer tipo de rebeldia nessa conturbada indicação de Alysson Bestene (PP) para ser vice do prefeito Bocalom. O Aberson não fala nada, não toma nenhuma atitude no PP, que não seja combinado com o governador Gladson Cameli.

SABE MEXER O DOCE

A LUCILENE da Droga Vale, mulher do deputado André da Droga Vale (PP), vai disputar na chapa da morte do PP; com chance, uma vaga de vereadora de Rio Branco. O André sabe mexer o doce.

ESTRUTURA PARA PREFEITO

O EX-SECRETÁRIO Joabe Lira (UB) está na disputa de uma vaga de vereador com a estrutura de uma campanha para prefeito. O esquema na PMRB para lhe eleger, é forte.

QUADRO CONHECIDO

PELO que vi ontem de uma pesquisa para consumo interno de um partido, nada mudou no panorama da disputa pela prefeitura de Rio Branco. Como não foi registrada, não se pode publicar os números.

UMA MULHER NA BRIGA

EM CAPIXABA, nesta eleição, teremos uma mulher na briga pela prefeitura, a vereadora Sara Frank (MDB). É salutar quando se vê uma mulher procurando abrir espaço no cenário machista da política.

MELHOR AINDA

UM CENÁRIO melhor ainda acontece em Brasiléia, onde duas mulheres disputam polarizadas a preferência do eleitorado para a prefeitura do município, a Suly Guimarães (PP) e a Leila Galvão (MDB).

NÃO TROMBA

O PSDB não vai trombar com o governador Gladson e lançar um candidato próprio a prefeito de Rio Branco. O seu presidente, Luiz Gonzaga, é deputado fiel da base governista; e o secretário-geral André Assem, é assessor do governo. Vão tomar o rumo que o Gladson apontar.

PURO-SANGUE

SEM ALIADOS, o NOVO deve vir com um nome do próprio para o vice na chapa a prefeito da capital do deputado Emerson Jarude (NOVO).

UM CANDIDATO EM CADA ESQUINA

NEIDINHA (PT), Everton Soares (PP), professor Soares (MDB), Daniel Dozila (PSDB) e prefeito Sérgio Lopes (PL), são os candidatos que vão disputar a eleição para a prefeitura de Epitaciolândia. Um candidato para cada esquina da cidade.

EM MÉDIA

NESTA eleição, a média para um partido eleger na capital o primeiro vereador, deve ficar entre 9 e 10 mil votos. O teto pode baixar quando começar a repescagem da segunda rodada dos coeficientes.

FRASE MARCANTE

“Na vida nunca se deveria cometer duas vezes o mesmo erro. Há bastante por onde escolher”. Bertrand Russell