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Alvos de operação, blogueiras pedem que MP se manifeste sobre legalidade das divulgações do Jogo do Tigrinho

Foto: redes sociais/divulgação

Blogueiras investigadas pela Polícia Civil na Operação Jackpot, que apura a prática de publicidade de jogos de azar e rifas ilegais, estão movimentando as redes sociais neste sábado (18) e pedindo uma resposta do Ministério Público do Acre para o fechamento da questão.


De acordo com um dos alvos da investigação, a influenciadora Damaris Souza, as ações investigadas não são passíveis de imputação de crime. “O delegado fez algumas acusações com base na exploração de jogos, mas não é crime divulgar. Queremos uma resposta do Ministério Público quanto a isso, porque tivemos bens apreendidos, sofrendo danos morais, danos financeiros, transtornos psicológicos, enquanto centenas de outras pessoas continuam fazendo as mesmas divulgações. Sou empresária, movimento dinheiro para a população. Não somos criminosas, tratam como se fôssemos, mas só queremos resolver a situação da melhor forma possível, queremos nossos bens de volta porque é de direito nosso”, afirmou.


Outro alvo da operação, a criadora de conteúdo Natacha Silva, postou em seus stories no Instagram um vídeo em que um advogado aparece defendendo a promoção do jogo do Tigrinho, argumentando que não há no ordenamento jurídico brasileiro qualquer lei expressa que proíba a prática. “Vai fazer um mês agora no dia 23 que a polícia bateu na minha porta, me fez passar por todo esse constrangimento, passei em jornal, levaram meu carro, meus celulares, iPad, videogame do meu filho, a troco de quê? Não existe lei contra divulgação [de jogos de azar]. Sempre divulguei de forma consciente, sempre falei dos riscos, eu sou jogadora e sempre divulguei meus ganhos e percas reais”, disse Natacha.


O delegado da Polícia Civil Pedro Paulo Buzolin, um dos coordenadores da Operação Jackpot disse em coletiva à época da deflagração da primeira fase da operação, que os seguidores dos investigados que participavam dos jogos e sorteios promovidos podem nunca ter tido a chance real de obter lucros.


“As plataformas são programadas, o computador sempre vai fazer aquilo que foi programado para fazer. Se o programador programar a plataforma para obter lucro total, ninguém vai ganhar, só a plataforma. Então, às vezes, sequer o lucro depende da sorte. O computador pode estar programado simplesmente para dar perdas em todos os jogos”, afirmou Buzolin.


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