A situação de Pedro Barroso, de 63 anos, que mora em uma barraca em frente a Universidade Federal do Acre, em Rio Branco, demonstra a complexidade do contexto das pessoas em situação de rua na capital acreana. Com sensação térmica de 20°C na manhã desta quinta-feira (16), o homem tem casacos e cobertores, mas passa frio. Também tem direito a benefícios, mas não vai ao banco.
No local há um ano, Pedro Barroso esquentava dois litros de leite em uma fogueira improvisada. “Eu cato latinha pra comer, o pessoal também ajuda, não falta. Cobertor tem muito também”, disse. Perguntado o motivo, então, de estar tremendo de frio e sem usar agasalho, não respondeu.
Segundo ele, entre as falas desconexas e baixas, já foi levado a abrigos duas vezes por profissionais de assistência social, mas não se adaptou. “O pessoal lá coloca merda na comida”, disse Barroso, em meio outras acusações. “Não vou no banco porque estão fechados pra mim, só atendem quem tem coronavírus”, completou.
Em dezembro de 2023, o videomaker do ac24horas Kennedy Santos produziu reportagem sobre o homem e apurou que Pedro Barroso é de Xapuri e não se sabe como veio parar em Rio Branco. Disse que já foi padeiro na cidade natal, mas demonstrou incômodo para falar do assunto.
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