Em todo o país, em 2023, ocorreram 2.203 conflitos no campo, dos quais 1.034 foram em estados da Amazônia Legal, entre os quais o Acre foi o quinto colocado com 84 ocorrências, que afetaram ao menos 8.656 famílias em toda a região. O número é superior ao registrado em 2022, quando ocorreram 60 conflitos com 8 mil famílias atingidas.
No Acre, todas as ocorrências de 2023 foram conflitos por terra, categoria que também representa a maior parte em toda a Amazônia, onde ocorreram 883 confrontos. Na sequência, estão os conflitos por água (95 casos), a maioria por causa da destruição e poluição de mananciais. Os dados estão no relatório ‘Conflitos no Campo Brasil 2023’ divulgado pela Comissão Pastoral da Terra.
De acordo com o relatório, esse foi o terceiro ano com maior número de conflitos da série histórica. Em 1º lugar está 2020, com 1.167 ocorrências, seguido de 2022, com 1.117 conflitos. O Pará lidera entre os estados com maior número de confrontos no campo (226), seguido do Maranhão (206) e de Rondônia (186).
Ao todo, foram 1.467 pessoas vítimas de algum tipo de violência, das quais 1.108 viviam em algum estado da Amazônia Legal, a maioria, mais uma vez, no Pará. Analisando as regiões do país, a região Norte foi a que mais registrou conflitos no campo em 2023, com 810 ocorrências.
O relatório ainda ressalta o aumento da violência na região da fronteira entre os estados do Acre, Amazonas e Rondônia conhecida como Amacro (Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira), que se tornou epicentro de grilagem para exploração madeireira e criação de gado, com altas taxas de desmatamento, queimadas e conflitos.
Prometida como modelo de desenvolvimento com foco na sociobiodiversidade, a Amacro – acrônimo com as sílabas iniciais dos nomes dos três estados – abrange 32 municípios e registrou 8 dos 31 assassinatos registrados em conflitos no campo em 2023 – a mesma quantidade dos últimos dois anos. Dentre as 9 vítimas da categoria “Sem Terra”, 5 delas são dessa região.
O relatório também mostra que as principais vítimas da violência causada por conflitos agrários são pequenos proprietários (26,4%); indígenas (24,7%); trabalhadoras e trabalhadores sem-terra (18%); posseiros (14%); e seringueiros (5%). Mais da metade dos responsáveis pela violência são fazendeiros (54,4%), seguidos de grileiros, garimpeiros e empresários.
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