O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última sexta-feira, 3, os resultados do “Censo Demográfico 2022: Quilombolas e Indígenas, por sexo e idade, segundo recortes territoriais específicos. Hoje vamos retratar os dados publicados em relação da população indígena do Acre, já que o estado não possuí população Quilombola.
Em 2022, o Acre possuía uma população de 31.694 indígenas, representando 1,9% da população indígena do Brasil (1.694.836). Ocupava a décima terceira maior população indígena dentre os estados brasileiros. No país, 622.844 indígenas moravam em suas aldeias, representando 36,7% do total. No Acre, essa proporção era bem maior, 61,8% moravam em suas aldeias. Eram 19.583 indígenas, a oitava maior população indígena que morava em aldeias.
No Brasil, 63,3% dos indígenas já não moravam mais em aldeias. No Acre essa proporção era de somente 38,2% e ocupava a décima oitava posição no ranking dos estados que os indígenas não moravam em suas terras. Os dados com alguns indicadores da população indígena do Acre, constam na tabela a seguir.
A razão de sexo da população residente do Acre é de 100,2, ou seja, quase um equilíbrio entre homens e mulheres. Entre indígenas era 101,8, indicando que para cada 102 homens indígenas foram identificadas 100 mulheres.
Acre apresenta a menor idade mediana entre a população indígena (17 anos de idade)
No Brasil, os indígenas apresentam uma idade mediana de 25 anos. No Acre, a mediana foi estimada em somente 17 anos, bem abaixo da mediana nacional. Quando se mede a idade mediana dos que residem dentro de Terras Indígenas, encontrou-se 15 anos no Acre e 19 anos no Brasil. O Acre apresenta a menor idade mediana entre a população indígena (17 anos de idade) seguido por Roraima e Mato Grosso (ambas com 18 a
73,3% dos indígenas do Acre têm menos de 30 anos
No Acre verifica-se que 73,3% dos indígenas têm menos de 30 anos de idade, enquanto a população indígena do Brasil tem 53,7% da população nessa faixa. Por outro lado, enquanto somente 4,9% da população indígena tem 60 anos ou mais, enquanto essa faixa de idade representa 9,5% da população não indígena, residente do estado. No gráfico a seguir apresenta-se o percentual dos indígenas acreanos por faixa etária. A pirâmide etária da população indígena apresenta formato triangular, com base mais larga, indicando uma população muito jovem.
Percebe-se que o maior peso percentual de indígenas se concentra na faixa de idade entre zero e 14 anos (44,9%). Considerando os grupos de idade recomendados para frequência nos ciclos educacionais da educação básica, a população indígena até 17 anos de idade é de 15.142 indígenas.
A Região Norte tem possuía o menor índice de envelhecimento da população indígena: 19 pessoas com 60 anos ou mais para cada 100 indígenas de até 14 anos de idade dentre as 5 Regiões do país. No Acre esse indicador é menor ainda, 11 pessoas com 60 anos ou mais para cada 100 indígenas de até 14 anos de idade.
A população indígena que mora em suas terras é mais jovem
Os dados indicaram que entre os indígenas que moram em suas terras, 60,6% tinham menos que 20 anos. Para aqueles que tinham menos de 25 anos o percentual vai para 69,9%. Aqueles que tinha menos de 30 anos representavam 76,7% da população, mais que 15 mil indígenas. Na tabela a seguir tem-se os percentuais das faixas etárias selecionadas dos 19.583 que moravam em suas terras. O Censo identificou 15 índios com mais de 100 anos, destes, 9 moravam em suas terras.
Mais de 12 mil indígenas do Acre moram fora de suas terras
Conforme pode ser observado na tabela acima, a população indígena que reside fora de suas terras possui uma mediana de idade maior do que aquela que mora em terras indígenas. Pelos dados do censo, 12,4% dos que moram fora de suas terras tinham mais de 50 anos, contra somente 6,9% dos que moravam em suas terras. Outro exemplo é o da população menor que 20 anos, que representa 50,1% contra 60,6% dos que moram em suas terras. Ainda os que têm menos que 30 anos representam 67,7% contra 76,7% dos que moram em suas terras.
Vários achados foram detectados pelos dados demonstrados no artigo. Um indicador importante foi a que identificou que na população indígena que reside em suas terras possui uma estrutura etária mais jovem e uma redução do peso da população idosa, tanto quando comparado com o total da população indígena quanto com a população total do estado. Esse dado pode demonstrar uma falha nas políticas de educação e saúde nos territórios indígenas do Acre, que fazem com que a esperança de vida nas aldeias não consiga avançar.
Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas
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