O médico Fabrício Lemos entrevistou nesta segunda-feira (6), no Médico 24 Horas, o médico especialista em Clínica Médica Rinauro Santos, que tem uma longa trajetória na formação de médicos no Acre. O convidado chama a atenção para o problema crescente do lúpus no Acre e sugere a criação de uma linha de cuidado especial para os pacientes.
Nascido em Cruzeiro do Sul em 1975, Rinauro conta sobre sua trajetória que sempre manteve o sonho, na infância e na adolescência, de ser médico. Em Belém – Pará, cursou medicina na Universidade Federal do Pará e conheceu a esposa durante os estudos, retornando ao Acre em 2001. “De lá pra cá já formamos mais 130 médicos em clínica médica, a grande maioria dos especialistas no Acre em especialista clínica”, disse Santos.
Além de professor universitário e de residência, Rinauro Santos também é médico na Fundação Hospital do Acre – FUNDHACRE, onde se debruça sobre os casos mais graves de enfermidades como câncer, pneumonia, insuficiência cardíaca, lúpus, ou mesmo sem diagnóstico. Destas patologias, conta Rinauro, o número de pacientes lúpicos tem surpreendido. “Das doenças reumatológicas temos tido muito lúpus com as mais diversas manifestações. Muitos deles com manifestação renal, com a necessidade de imunossupressores”, afirma o médico.
Por se tratar de uma doença sistêmica, Dr. Rinauro explica que é comum que o lúpus comece gerando incômodo em juntas, perda de cabelo e de peso, mas algumas manifestações pulmonares como líquido no pulmão ou problemas cardiológicos também são frequentes. O problema, diz o médico, é que nem sempre os pacientes chegam no atendimento de alta complexidade com diagnóstico feito. “Muitas vezes internamos pacientes que já tem diagnóstico e fazem acompanhamento médico e outras vezes internamos pacientes sem diagnóstico que são diagnosticados lá conosco”, diz o médico.
Perguntando sobre a dificuldade de diagnóstico do lúpus, Rinauro diz que a complexidade da doença faz com que os sintomas, se olhados isoladamente, pareçam problemas focais: “É uma doença de mil faces que se apresenta em diversos órgãos. Quando se apresenta nas articulações é fácil de ser confundida com artrose reumatoide. Quando atinge o pulmão pode ser confundida com tuberculose ou pneumonia. Quando atinge um rim pode ser confundida com outras glomerulopatias. É uma doença que mata muito porque é uma doença em que o paciente precisa de um acompanhamento rigoroso e ter acesso a muita medicação muitas vezes pouco acessíveis, esse paciente também é muito vulnerável a outras infecções”.
Com o número expressivo de casos, o médico sugere a criação de uma linha de cuidado específico para pacientes com lúpus, para a facilitação a cuidado e medicações.
Veja a entrevista completa que aborda também outros assuntos:
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