Se comparado com outros estados da Amazônia Legal, os números de focos de queimadas registrados este ano no Acre, até o momento, não representam quase nada. Até o fechamento do mês de abril, foram apenas 25 ocorrências contra 4.609 de Roraima e 4.131 do Mato Grosso, os campeões do fogo no Brasil até aqui.
Apesar disso, o dado acreano é 177% maior que o do ano passado neste mesmo período, quando foram registrados somente 9 focos de calor pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outro comparativo é que em abril de 2023 não houve um foco sequer contra três deste ano no mesmo mês, já nos últimos cinco dias.
O percentual do Acre segue a tendência da Amazônia e do Brasil. Entre o primeiro dia de janeiro de 2024 e esta terça-feira (30), o bioma amazônico somou 8.977 focos de queimadas, um aumento de 151% em comparação com 2023, que contou 3.577 focos. Em todo o país o aumento foi de 81%, contabilizando 17.182 ocorrências nos primeiros quatro meses do ano.
Esse aumento expressivo em comparação aos primeiros meses do ano passado acontece pouco depois da estiagem histórica que assolou a região amazônica entre junho e agosto de 2023, e é considerado pelo próprio Inpe como um efeito colateral da seca. Contudo, quase todos os biomas – exceto o Pampa – apresentam situação semelhante.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) publicou esta semana no Diário Oficial da União, o calendário de emergência ambiental em áreas mais suscetíveis a incêndios florestais entre fevereiro de 2024 e abril de 2025. Para o Acre, o período estabelecido pela portaria é de abril a novembro de 2024