A Polícia Federal faz uma operação nesta terça-feira (30) para investigar um esquema de desviou R$ 1,7 bilhão de recursos do SUS no Pará entre 2017 e 2022.
O que aconteceu
• São cumpridos 49 mandados de busca e apreensão em 33 endereços de 42 alvos. Do total de mandados, 33 são em Belém, cinco em Benevides, três em Parauapebas, um em Ananindeua, cinco em Santa Maria do Pará e um em São Miguel do Guamá. Também há um mandado sendo cumprido em Barueri (SP). A operação é feita em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União) e a Receita Federal.
• Apuração da CGU identificou indícios de fraudes de licitação em recursos do SUS na ordem de R$ 1,7 bilhão. Segundo o órgão, os crimes foram praticados por pessoas físicas, incluindo servidores públicos de várias cidades do Pará, com a utilização de empresas de fachada em paraísos fiscais e “laranjas” — esse nome é popularmente usado para se referir a pessoas que fornecem os próprios dados pessoais para ocultação de bens de terceiros.
• Principal empresa suspeita atua na prestação de serviços de engenharia sanitária e rodoviária. As investigações apontaram que essa companhia fechou licitações e contratos onde foram detectadas restrições de competitividade e habilitação irregular da empresa vencedora, diz a CGU. As autoridades investigadoras não disseram qual é a empresa e, por isso, não foi possível entrar em contato com os responsáveis.
• Alvos da operação podem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. Os recursos públicos desviados incluem valores que deveriam ser destinados às áreas da saúde, saneamento e limpeza urbana.