Dados divulgados pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) nesta 6ª feira (26.abr.2024) mostram que o garimpo ocupa atualmente 241.019 hectares da Amazônia. A área equivale a mais de duas vezes o tamanho de Belém (PA). Estima-se que existam mais de 80.180 pontos de extração no bioma.
As regiões mais afetadas são:
– norte e noroeste de Roraima;
– sudoeste e sudeste do Pará;
– norte do Mato Grosso; e
– áreas do Amazonas, Amapá e Maranhão.
Cerca de 25.070 hectares da área ocupada por garimpo estão em 17 TIs (terras indígenas). Equivale a 10,5% da região. Eis a íntegra da nota técnica (PDF – 529 kB).
O avanço da atividade é maior nesses territórios do que no restante do bioma. Segundo o levantamento, o pico da atividade nas TIs se deu de 2016 a 2022, durante os governos dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). O crescimento foi de 361% nos locais e 96% no restante da Amazônia.
As TIs Kayapó, Munduruku e Yanomami, respectivamente, são as mais invadidas. Concentram 90% das invasões em terras indígenas. A 1ª, ocupada por etnias Mebêngôkre e isolados às margens do rio Xingu, no Pará, tem 55% de toda a área garimpada em territórios ocupados por povos originários.
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