Quem vê Richard Gadd no papel de Donald Dunn na série “Bebê Rena” não imagina que ele mesmo, na vida real, passou por situações de perseguição como as encenadas na trama. A série chegou à Netflix no dia 11 de abril e figura entre as produções mais assistidas.
Durante os quatro anos em que foi alvo de stalking, Gadd recebeu 41.071 emails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tweets, 46 mensagens no Facebook, 106 páginas de cartas e inúmeros presentes.
Chá de graça foi o início da história. Segundo Gadd, tudo começou em uma noite em que, trabalhando em um bar, ele ofereceu um chá por conta da casa para uma cliente que estava no balcão e não tinha dinheiro. O ato de gentileza foi o estopim para ele ser perseguido pela mulher, que não teve o nome real divulgado.
Quantidade assustadora de mensagens. Durante o período em que foi perseguido, ele recebeu 41.071 emails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tweets, 46 mensagens no Facebook e 106 páginas de cartas. Entre presentes, ele ganhou remédios para dormir, um gorro de lá, uma cueca samba-canção e um brinquedo de rena —apelido que ganhou da stalker.
No início, todos no bar acharam engraçado que eu tivesse uma admiradora. Então, ela começou a invadir minha vida, me seguindo, aparecendo nos meus shows, esperando do lado de fora da minha casa. Richard Gadd, ao The Times
Gadd acredita que suas atitudes pioraram a situação. Em seu roteiro, Gadd buscou fugir dos clichês, revelando a confusão moral envolvida na relação entre os dois personagens da vida real. Ele não queria que a trama fosse maniqueísta. “Seria injusto dizer que ela era uma pessoa horrível e eu, uma vítima. Isso não parecia verdade”, disse ele em 2019.
Série causa sentimentos mistos. Um dos objetivos do humorista era retratar um caso de perseguição realista, que não recorresse a estereótipos comuns. Para atingir esse resultado, a série mistura gêneros: comédia, suspense e drama. Tem camadas e não desumaniza nenhum dos lados.
Crime virou tema de peça. Na época do crime, Richard tentava levar a vida como comediante. Em 2019, ele lançou uma peça no Edinburgh Festival Fringe relatando o stalking e suas consequências em sua vida. Na série da Netflix, ele procurou desconstruir o crime.
Stalking, na televisão, tende a ser muito sexualizado. Tem um ar místico. É alguém em um beco escuro. É alguém que é muito sexy, muito normal, mas depois fica estranho aos poucos. Mas perseguição é uma doença mental. Eu realmente queria mostrar as camadas disso de uma forma humana que eu nunca tinha visto em uma produção. Richard Gadd ao portal Tudum
Disponível desde 11 de abril na Netflix. A minissérie tem sete episódios com cerca de 35 minutos cada um. A produção teve aprovação da crítica estimada em 100% no Rotten Tomatoes, que é considerado referência. Apesar de baseada em fatos reais vividos por Gadd, a série é ficcionalizada. A personagem Martha é interpretada por Jessica Gunning.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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