Vereador acusa prefeitura de “enganar” por negar recuperação de vias do Ruas do Povo

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Leônidas Badaró

As 607 vias públicas feitas pelo Programa Ruas do Povo e que hoje são consideradas as de piores condições na capital acreana voltaram a ser tema de debate na sessão desta terça-feira, 23, na Câmara de Vereadores de Rio Branco.


O vereador Fábio Araújo (MDB) criticou a gestão do prefeito Tião Bocalom que, segundo o parlamentar, “engana” a população ao justificar que não faz a manutenção das vias por conta de uma orientação do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).


“Eu apresentei um requerimento solicitando informações do Asfalta Rio Branco, mas, infelizmente, foi derrubada pelos demais vereadores. Mais uma vez, o prefeito Bocalom alega que o MPAC proibiu a prefeitura de mexer nas ruas e o próprio Ministério Público desmentiu, dizendo que a prefeitura deve fazer, sendo necessário apenas fazer um relatório situacional das ruas”, disse.


Araújo alertou que as ruas são as piores da capital acreana. “Essas vias são as piores do nosso município e a prefeitura não está ligando para isso. Estão fazendo recapeamento das ruas do centro, onde o asfalto já é de boa qualidade. Fica aqui o nosso repúdio e o pedido para que a prefeitura leve o programa para quem realmente precisa”, disse Fábio Araújo.


Elzinha Mendonça (Progressistas) também falou sobre o assunto. “De novo é preciso deixar claro que não existe judicialização de ruas em Rio Branco. Não existe argumento, a população precisa do investimento e a prefeitura não faz nada. Semana passada, duas pessoas caíram em buraco e nada é feito. Essas desculpas não colam mais, estamos no quarto ano dessa gestão e só se ouve promessas”, disse.


O líder de Bocalom na Câmara, vereador João Marcos Luz (PL) disse que a certidão do MPAC, emitida pelo parquet na semana passada, onde afirma que não há impedimento para que a prefeitura atue na recuperação das vias do Ruas do Povo, é política.


“Eu até achei estranho uma certidão do Ministério Público, assinada por presidentes de bairro, nunca vi isso.


Fiz um pedido para que o MP faça uma coletiva de imprensa informando o que realmente está acontecendo, já que aquela certidão parece ser política e isso não ajuda. Ali, saiu uma certidão assinada por alguém que se diz ser assessora jurídica, mas que a gente não sabe se é do Ministério Público ou dos presidentes de bairro e usa o nome de dois promotores de justiça”, declarou.


A nota em questão foi assinada por Jéssica da Silva, assessora jurídica, e cita que os líderes de bairros foram recebidos pelos promotores de justiça Luis Henrique Correa Rolim e Alekine Lopes dos Santos.


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