O Concurso Público Nacional Unificado (CNPU) será realizado no próximo dia 5 de maio em 228 cidades e, para garantir a lisura do processo e proteger os 2,1 milhões de candidatos, foram adotadas medidas de segurança que vão valer durante a aplicação da prova. A primeira delas prevê que os candidatos não poderão levar os cadernos prova quando terminarem o teste. O objetivo é evitar a ação de grupos criminosos que fraudam o processo com uso de ponto eletrônico. A segunda é que haverá coleta de digitais e exame grafológico no momento em que todos estiveram nas salas. Por último, não será possível fazer qualquer anotação no cartão de confirmação da inscrição.
“Essas novas camadas de segurança foram adotadas por sugestão dos órgãos de segurança, como a Polícia Federal e a Agência Brasilieira de Inteligência (Abin), que estão juntos com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos na elaboração desse que será o maior concurso público da história do pais. O processo envolve um forte esquema de segurança, desde a produção e entrega das provas até a checagem da identidade do candidato. Nosso objetivo é garantir a isonomia para todos e combater fraudes”, explica Alexandre Retamal, coordenador-geral de Logística do Concurso Público Nacional Unificado
Candidato não poderá sair com o Caderno de Provas
Para combater qualquer possibilidade de fraudes, durante a elaboração do CNPU, o Ministério da Gestão criou uma rede formada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Força Nacional (FN) e Secretarias de Segurança Pública Estaduais.
Os orgãos informaram que uma das principais fontes de fraudes das organizações criminosas em concursos públicos é o uso de pontos eletrônicos durante a aplicação. O crime funciona assim: os candidatos pertencentes às quadrilhas terminam as provas mais cedo e levam os cadernos de provas. As questões são resolvidas por membros das quadrilhas e enviadas por áudios, por meio de pontos eletrônicos, para quem ainda está nas salas respondendo às provas. “Ao impedir que todos saíam com os cadernos de prova, as camadas de segurança estarão sendo ampliadas’ comenta Alexandre Retamal.
Como medida complementar, os locais de prova contarão com detectores de metais e de ponto eletrônico.
O PDF com os cadernos de provas serão divulgados a partir das 20 horas do próprio dia da aplicação das provas, no site do Ministério da Gestão e da Inovação.
Exame grafológico e coleta de digitais para exame de biometria
Como uma camada de proteção extra, a Polícia Federal recomendou e foi acrescido aos editais do CNPU, a previsão de coleta das digitais e material para o exame grafológico de todos os participantes, no momento da realização da prova. Esse novo processo tem como objetivo garantir que o candidato que esteja prestando a prova será a mesma pessoa que irá tomar posse do cargo, em caso de aprovação.
O sistema vai funcionar assim: quando os estudantes receberem as provas nas salas de aplicação, irão preencher o cartão de resposta com seus dados, assinar e escrever a frase, que é o exame grafológico. Nesse momento, um aplicador da prova circulará pela sala para coletar a digital que ficará também registrada no próprio cartão de resposta. Com esse processo, o cartão terá as escolhas das questões, o exame grafológico, a assinatura do candidato e a coleta da digital.
Celulares
É importante ressaltar ainda que o candidato deverá desligar o celular e quaisquer equipamentos eletrônicos e deixá-los lacrados dentro de embalagens, que serão fornecidas por fiscais e aplicadores de provas. Se os fiscais constatarem que os celulares permaneceram ligados durante a realização das provas, o candidato será eliminado. “Para evitar qualquer problema, é importante que todos estejam tranquilos e sigam as orientações dos fiscais e aplicadores das provas”, esclarece Alexandre Retamal.
Dia da prova
Pela manhã, os portões serão abertos às 7h30 (horário de Brasília). Nesse turno, os inscritos para os blocos de nível superior (1 a 7), responderão 20 questões objetivas – de múltipla escolha – sobre conhecimentos gerais e uma questão dissertativa de conhecimento específico. Para o bloco de nível médio (bloco 8), os candidatos farão 20 questões objetivas – de múltipla escolha – e uma redação.
No período vespertino, os portões abrirão às 13h (horário de Brasília). À tarde, os candidatos dos blocos de nível superior (1 a 7), responderão a 50 questões objetivas – de múltipla escolha – de conhecimentos específicos. Enquanto os inscritos no bloco de nível médio farão mais 40 questões objetivas – de múltipla escolha. As provas para o nível médio não incluem questões dissertativas, apenas a redação no período matutino.
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