A lanchonete e sorveteria do Mário, ponto tradicional localizado na praça Oscar Passos, em frente ao estádio José de Melo, no centro de Rio Branco, teve que tomar medidas drásticas e absurdas para tentar conter a violência que acomete os comércios na região central da capital.
O pequeno quiosque, medindo aproximadamente 3x3m serve à população acreana há 30 anos com salgados, sorvetes, e mais recentemente almoços. A onda crescente de violência no centro de Rio Branco, porém, principalmente em decorrência do aumento da população de rua, resultou em tentativas de assalto, agressões consumadas aos funcionários e arrombamentos da pequena loja.
“Teve mês aqui de a loja ser arrombada 3 vezes em um mês. Aqui já sofri assalto, tijolada, minha filha foi cuspida, clientes foram agredidos… É muito difícil trabalhar, mas não temos outro sustento então tenho que aguentar”, disse Maria, sócia do empreendimento.
Para conter os prejuízos, quando se sente vulnerável a mulher fecha parcialmente o local de trabalho e atende por grades. Há um ano, os proprietários investiram em concertinas e cerca elétrica no teto do quiosque, por onde aconteciam os arrombamentos. “Isso fez parar, tentam arrombar pela porta mas não conseguem. Agora, se você perguntar a qualquer comerciante aqui do centro, qualquer um já teve a loja arrombada. Arrombaram até a loja da Claro, que fica ao lado do quartel”, diz Maria.
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