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Sem atendimento em Urap’s e UBS’s, pacientes lotam UPA em Rio Branco

Foto: UPA Franco Silva, na baixada da Sobral, em Rio Branco I Whidy Melo/ac24horas
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Centenas de populares de diversas regionais de Rio Branco lotam a Unidade de Pronto Atendimento Franco Silva – UPA da Sobral, nesta segunda-feira (15), alegando dificuldade para acessar o serviço de saúde nas Unidades de Referência em Atenção Primária e Unidades de Saúde da Família, que são de responsabilidade da Prefeitura de Rio Branco.


Eline Emanuele, moradora do Apolônio Sales, diz ter tentado atendimento na URAP Roney Meireles, localizada entre os bairros Alto Alegre e Wanderley Dantas, mas foi encaminhada para a UPA da Sobral. “Eles dizem que pra ser atendida lá eu precisava ter ido cedo pra pegar ficha. Aí eu vim pra cá e está desse jeito. A gente fica triste porque pagamos impostos. Esse ano tem eleição e vai estar todo mundo na nossa porta”, disse.


Naileine Nascimento foi até a UPA da Sobral buscar atendimento para a mãe, que está com suspeita de pneumonia e cuspindo sangue. Elas esperam por atendimento há 4 horas e pegaram uma ficha de cor verde, quando a avaliação preliminar não identifica nenhuma gravidade. “Só chamaram pra medir a pressão. Viemos do Vitória pra cá, já em último caso e somos recebidas assim. Lá no posto perto de casa, pra ter o atendimento tem que ir na fila às três horas da manhã para, se conseguir vaga, agendar pro dia seguinte. Não tem um raio-x pra fazer um exame, e nem todo dia tem médico. Com minha mãe desse jeito, não tem como esperar. Isso é um absurdo. Nem prefeitura, nem governo se importam com a gente. Olhem o tanto de criança e idosos que estão esperando aqui”, indignou-se.

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Foto: Naileine Nascimento, à esquerda I Whidy Melo/ac24horas

A diretora da UPA da Sobral, Simone Prado, diz que pela manhã dois médicos estavam ausentes; um com atestado médico e outro por ter se envolvido em um acidente. Por isso, a unidade prestou atendimento com três médicos. À tarde, segundo a diretora, cinco médicos estarão de plantão. Segundo Simone, o maior problema no hospital é o efeito dominó causado pela ineficiência do atendimento primário.


“Nós atendemos essa população que vem da parte alta da cidade, da Transacreana, de todo lugar. Mesmo com cinco, seis médicos, sempre vai ter reclamação porque vem muita gente que, quando vai ao posto, não encontra atendimento. Aí vem pra cá. Vou ser bem sincera: nós temos aqui a USB Maria Barroso, USF Maria Verônica: estão fechados, não estão funcionando, fechadas. Esse povo que era pra ir pra lá, acaba vindo pra cá porque sabe que pode até passar o dia todo, mas vai sair com exames e remédios. Nós não vamos deixar de atender esse paciente de posto, mas a prioridade da UPA é urgência e emergência”, disse Simone.


Já o secretário de Saúde de Rio Branco, Jonathan Santiago, disse que a reclamação de falta de médicos é preocupante e que vai pessoalmente fazer vistorias em unidades de saúde do município ao longo da semana. Santiago destacou ainda que os exames solicitados que demoram a ter resultados divulgados são aqueles que não fazem parte do padrão para uma assistência primária.


“Contratamos bastantes profissionais, que por sinal estão sendo bem valorizados, e vamos apurar. É uma situação preocupante porque neste caso prejudica toda a cadeia de atendimento. Estabelecemos o ponto digital para que todos os profissionais batam o ponto, atendendo à recomendação do Ministério Público, mas, em algumas unidades, o ponto ainda é feito offline por dificuldades com internet. Durante essa semana eu vou fazer visita nessas unidades para verificar o cumprimento dessa jornada”, esclareceu o secretário.


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