Em edição levada ao ar excepcionalmente neste domingo (14), o Bar do Vaz recebeu o deputado federal Gerlen Diniz (PP). A conversa girou em torno de muitos assuntos, começando pela sensação de ser deputado federal em comparação com o mandato na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que ele exerceu entre 2015 e 2022. “É uma experiência gratificante. Ser representante da população do Acre em Brasília é uma honra enorme”, afirma.
Tido como um político de visão diferenciada, com relação a posicionamentos ideológicos, Gerlen diz que ‘não levanta bandeira cegamente’ quando questionado sobre o assunto. “Eu me considero um político de centro-direita. É direita radical? Não sou. É de esquerda, também não sou. Tem uns aspectos que a gente vai identificando e defendendo aquelas teorias, aquelas teses, de cada lado, mas eu não sou radical de maneira nenhuma”, esclarece.
Diniz relata que já votou em Lula, quando era adolescente, e em Tião Viana, no segundo mandato. Votou no Gladson várias vezes, mas ressalta que acredita saber diferenciar o que é o certo e o errado. “Por exemplo, votei no Bolsonaro, mas o posicionamento dele com relação às vacinas foi totalmente equivocado. Já tem outros posicionamentos dele que eu digo: tá certo, nesse aspecto tá certo. Então, não levanto a bandeira de um cegamente”, enfatiza.
Outro assunto de destaque abordado na entrevista foi o voto do parlamentar favorável à manutenção da prisão do colega Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ). Sobre o assunto, Diniz disse que o tema não pode ser apequenado, com os deputados que votaram a favor da manutenção da prisão sendo aplaudidos e os que votaram contra sendo demonizados.
Mais um tema explorado foi o fato de, apesar de o deputado ainda ter dois anos de mandato garantidos na Câmara Federal, colocou o seu nome como pré-candidato à prefeitura da sua cidade natal. “É dever meu colocar o nome à disposição de Sena Madureira”, disse ele, argumentando que a cidade piorou muito e tem andado para trás. “Se eu pensasse só em mim, no meu conforto, na minha família, continuaria em Brasília”, acrescentou.
Com relação à gestão do patrimônio público no município, Gerlen Diniz faz uma cobrança dura a respeito do desaparecimento de um equipamento da prefeitura. “Eu preciso encontrar a nossa usina de asfalto de Sena Madureira. Tive informação de que já saiu do estado, então não sei onde está. Se alguém tiver alguma informação, nos informe, porque essa usina vai ter que voltar”, disse.
Gerlen Diniz encerrou a entrevista dizendo que qualquer que seja o resultado das eleições, o resultado das urnas deve ser respeitado, numa inevitável alusão a fatos recentes do país. “Já disputei várias eleições, nunca questionei o resultado das urnas. É a mesma coisa que você fazer um concurso público, ser aprovado, e depois dizer que teve fraude. Eu acredito 100% nas urnas. Respeito quem pensa de forma diversa, mas é democracia.
Assista ao Bar do Vaz com Gerlen Diniz:
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