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Em visita de ministros, Cooperacre solicita R$ 50 milhões ao Fundo Amazônia

Foto: Jardy Lopes
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O presidente José de Araújo, da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista no Acre (Cooperacre), solicitou durante uma reunião nesta sexta-feira, 12, na sede da empresa, a liberação de R$ 50 milhões do Fundo Amazônia, que está tramitando no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).


Araújo revelou que os recursos serão necessários para expandir a cooperativa. Durante a visita às instalações da indústria, o presidente destacou que é necessário algo em torno de R$ 140 milhões para consolidar todas as cadeias produtivas. Ele declarou: “Hoje estamos focados nas cooperativas singulares para dar a estrutura e as condições para quem produz e cuida dessa floresta tão linda, que precisa ser conservada para o mundo. Não estou falando apenas da floresta; precisamos de R$ 140 milhões de reais para consolidar nossas cinco cadeias produtivas aqui no estado do Acre”, destaca.


Em 2023, a Cooperacre movimentou mais de 48 milhões de reais em bioeconomia, beneficiando diretamente 2.343 famílias extrativistas. Somente na cadeia da borracha, foram produzidas 720 toneladas, gerando 8,6 milhões de reais. Com a coleta da castanha, o retorno ao produtor foi ainda maior: 20,5 milhões de reais com a comercialização de 350 mil latas de castanha (cada lata custa em média 60 reais).

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O ministro Wellington Dias demonstrou satisfação em representar o governo federal na visita técnica à Cooperacre. Ele mencionou que a administração federal deverá ajudar na abertura de crédito aos produtores. “É uma honra estar aqui representando o presidente Lula e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, apaixonado pelo que faz e pronto para encontrar soluções. Primeiro, para conhecer o que os olhos não veem e, a partir daí, ajudar” explicou.


Dias ainda elogiou a indústria de frutas que está em fase de execução, onde já foram investidos cerca de R$ 40 milhões. “Aqui, o destaque é que a cooperativa já fez esse investimento para a área da fruta e agora precisa de laboratório, precisa completar o investimento e necessita de apoio para equipamentos e novos investimentos”.


Atualmente, a Cooperacre exporta para mais de 10 países e possui 22 associações e 14 cooperativas que entregam produtos para a Cooperacre. O objetivo da cooperativa é o fortalecimento das cadeias produtivas da borracha, castanha-da-Amazônia, café, palmito e polpa de frutas.


O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, enalteceu a Cooperacre como exemplo de negócio no Acre. Além disso, ele garantiu que o presidente Lula deverá estar no Acre para a inauguração da indústria de frutas. Ele elogiou: “Quando construímos as fábricas de castanha no início dos anos 2000, passamos para eles em 2006. Eles hoje são talvez o maior empregador do Acre, porque trabalham diretamente com quem produz. É um caso de sucesso. Eles estão fazendo isso aqui com mais de R$ 40 milhões de recursos próprios da própria cooperação, administram e processam quase 70% da castanha do Acre inteira. Espero que o presidente Lula esteja aqui na inauguração, pois faremos esse convite para que ele veja o sucesso”, declarou.


Necessidade de laboratório para análise no Acre


O engenheiro de alimentos, Leonardo Evangelista, revelou um gargalo na agenda: a dificuldade da cooperativa em realizar análises de laboratórios. Por isso, ele solicitou apoio do governo federal para que as análises possam ser feitas no Acre por meio da construção de um laboratório estimado em R$ 4 milhões. Evangelista explicou que o procedimento atualmente é realizado em São Paulo. Ele afirmou: “Tivemos a amostra aqui e a enviamos para São Paulo. Aqui fizemos algumas análises e outras encaminhamos para São Paulo”, mencionou.


Sustentabilidade ambiental


A Cooperacre é uma cooperativa acreana com mais de 20 anos de atuação, que vem se consolidando como modelo de negócio que alia a sustentabilidade ambiental por meio da bioeconomia, com geração de renda. A prática extrativista adotada pela rede de cooperativas concilia a geração de renda para mais de quatro mil famílias e a manutenção da floresta em pé, buscando alternativas que possam potencializar a produção agroflorestal e consolidar cadeias produtivas sustentáveis.


Veja as fotos de Jardy Lopes


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