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Obra do linhão de Cruzeiro do Sul está parada há quase 30 dias

Por
Andréia Oliveira

A empresa responsável pela instalação do Linhão que vai energizar a região de Feijó até Cruzeiro do Sul está discutindo com órgãos e instituições competentes alternativas para uma possível alteração no traçado da Linha de Transmissão 230 Kv, no trecho Feijó – Cruzeiro do Sul, para desviar da Terra Indígena Campinas Katukina, localizada próximo a Cruzeiro do Sul.


Segundo a Transmissora, a medida se deve ao fato do impedimento da execução da obra por parte de lideranças da comunidade indígena Katukina que já dura aproximadamente um mês, quando indígenas protestaram e paralisaram a obra repentinamente.



Os indígenas alegaram descumprimento no acordo feito com a empresa. A transmissora, por sua vez, nega que esteja havendo descumprimento no combinado com os indígenas e afirma que segue rigorosamente todas as condições especificadas no Estudo do Componente Indígena (CI-PBA), aprovado pela comunidade e pela Funai e o Plano Básico Ambiental (PBA), aprovado pelo Ibama.


“É importante lembrar que o empreendimento tem prioridade nacional garantido por lei e visa o desenvolvimento da Região do Vale do Juruá e a preservação do meio ambiente, uma vez que promoverá a descarbonização do Estado do Acre. Atualmente são queimados mensalmente mais de 6 milhões de litros de óleo diesel na produção de energia elétrica através de geradores”, explicou o empreendedor responsável pela obra.



Linhão


As linhas de construção para transmissão de energia para o Juruá têm uma extensão de aproximadamente 685 km e atravessa as terras indígenas. Uma delas, de 385 km, tem início em Rio Branco com término até Feijó, já está propiciando energia de alta qualidade para a região de Feijó e Tarauacá. A outra, com 290 km, vai de Feijó até Cruzeiro do Sul, sendo apenas 17,9 km na Terra Indígena Campinas Katukina.


Em razão disto, diversas medidas de compensação e mitigação estão sendo implementadas, projetos como oferta de cursos, apoio para a realização de festivais indígenas, construções de açudes e outras intervenções de infraestrutura para apoio à produção e segurança alimentar, aviários, unidades de beneficiamento de cana-de-açúcar e farinha de mandioca, centro de artesanato, centro de medicina tradicional, entre outros investimentos que visam reduzir possíveis danos sociais causados pelas obras.


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Andréia Oliveira

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