Em 2 de abril, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007. O transtorno do espectro autista (TEA), um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento do indivíduo, é objeto de atenção especial nesse dia, que visa promover não apenas o entendimento sobre o espectro, mas também os direitos e necessidades das pessoas autistas.
Classificado em níveis de suporte 1, 2 e 3 , o autismo demanda suportes terapêuticos adequados para promover mais autonomia e qualidade de vida às pessoas. Esses apoios são frequentemente conduzidos por equipes multidisciplinares que incluem médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos.
No entanto, a responsabilidade de criar ambientes inclusivos e acessíveis não recai apenas sobre o Estado e os profissionais de saúde, mas também sobre a sociedade em geral. É fundamental que a população se eduque e trabalhe para construir espaços que sejam acolhedores para as pessoas autistas, garantindo sua participação plena na comunidade.
O governo do Acre tem desempenhado um papel significativo na conscientização sobre o autismo e na promoção de políticas públicas voltadas para a questão. Por meio de iniciativas educativas, campanhas de sensibilização e investimentos em serviços especializados, o Estado tem buscado assegurar que as necessidades das pessoas autistas sejam atendidas e que elas tenham acesso a atendimentos terapêuticos de qualidade.
Saúde para todos
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) desempenha um papel fundamental na oferta de serviços para a população autista. Luciana de Souza, técnica da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, explica os esforços da pasta para abordar as necessidades específicas das pessoas com autismo, em sua ampla gama de serviços voltados para o público-alvo.
Luciana destaca que a Sesacre gerencia o Centro Especializado em Reabilitação Frei Paolino Baldassari (CER III) em Rio Branco, uma rede de cuidados abrangente para pessoas com deficiência, que inclui não apenas o autismo, mas também deficiências físicas, auditivas, visuais e intelectuais.
Considerado um transtorno do espectro intelectual, o autismo é abordado nessa rede de cuidados. As terapias especializadas oferecidas pelo Estado são conduzidas por encaminhamento médico, geralmente por neuropediatras.
O Centro Especializado atende cerca de sete mil pessoas por mês, de todas as idades que utilizam serviços como psicologia, avaliação neuropsicológica, fisioterapia, exame audiológico, assim como consultas em pediatria, neuropediatria, ortopedia pediátrica, genética médica e otorrinolaringologia. Em novembro do ano passado, a unidade realizou a notável conquista de implementar um terceiro turno de trabalho, buscando expandir o atendimento das necessidades crescentes da população.
Uma das pessoas beneficiadas é Elisângela de Araújo e seu filho de 11 anos, atendidos há mais de dois anos pela unidade saúde, com terapias de fonoaudiologia e psicologia, as quais a mãe encara como imprescindível para o desenvolvimento: “Com a ajuda das terapias meu filho evoluiu muito, principalmente quanto à socialização. Graças a Deus temos essa ajuda maravilhosa das terapias e dos profissionais”.
O centro tem uma abordagem flexível no atendimento, permitindo que os pacientes usufruam dos serviços até três vezes por semana. Essa flexibilidade visa atender às necessidades individuais, proporcionando um tratamento personalizado que garante a continuidade e a maximização dos progressos na reabilitação.
Identificação
Um aspecto significativo do apoio oferecido pelo governo do Acre é a emissão da Carteira Estadual da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (e-Ceptea), uma iniciativa da Sesacre, em cooperação com a Secretaria de Estado de Administração (Sead), que visa fornecer um registro digital para pessoas com autismo.
O Acre é um estado pioneiro na implementação e distribuição do registro, que facilita o acesso a serviços e ajuda na identificação e rastreamento da população autista do estado, permitindo aprimorar o planejamento de políticas públicas para atender às suas necessidades. Após o lançamento do benefício, em agosto de 2023, em oito meses já foram emitidos 1.312 documentos.
Como atendente na emissão de parte dessas novas identificações, Carolina Gonçalves atua na Praça Verde da Organização em Centros de Atendimento (OCA) em Rio Branco e diariamente encaminha solicitações do documento para pessoas com TEA.
Ela conta sobre a crescente busca pelo documento: “Estamos presenciando um aumento no número de atendimentos, com um fluxo bastante alto. Geralmente, uma pessoa vem fazer, vê a facilidade do serviço e passa a informação para outras pessoas que precisam da carteirinha”.
A carteira pode ser requerida presencialmente nas unidades da OCA no estado ou no formato digital, por meio do portal oficial do governo do Acre, no seguinte link:
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