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Em audiência pública, sindicato diz que apenas seis policiais cuidam de mais de mil presos no “Chapão”

Por
Leônidas Badaró

A Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) realiza nesta segunda-feira, 1º, uma audiência pública para discutir o sistema prisional no estado.


A discussão conta com a presença de representantes do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Defensoria Pública, deputados estaduais, sindicatos e associações ligados à categoria.


Dentre as várias falas, se destaca a apresentação do presidente do Sindicato dos Policiais Penais do estado, Eder Azevedo, que trouxe números que, segundo a entidade, mostram que a situação é caótica.


Conforme o representante sindical, há uma grande defasagem desde que a categoria de Policial Penal foi criada. Em 2008, existiam 880 policiais penais “cuidando” de 3.026 presos. Atualmente, o sindicato diz que são mais de 8 mil presos em 15 unidades do estado para apenas 1.143 policiais.


“Estamos falando de uma escala, todos esses policiais não estão nos presídios todos os dias, é uma média diária de apenas 3000 policiais para cuidar de 8 mil detentos. Eu pergunto, tem como manter a segurança dos estabelecimentos prisionais com essa quantidade de Policiais Penais?”, questiona Azevedo.


Outros dados são ainda mais preocupantes e demonstram que o sistema prisional acreano pode ser uma “bomba-relógio”. No presídio de Tarauacá, seriam, de acordo com o sindicato, seriam apenas 10 policiais penais para 550 presos. Já no “Chapão”, que é um dos pavilhões do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, serão somente 6 policiais penais “cuidando” 1.141 presos.


“Como fazer segurança sem colocar em risco? Tivemos uma briga ontem e se não fosse a ação de poucos policiais poderia ter tido um preso morto. Não há como garantir a segurança do sistema prisional com esse efetivo”, disse Eder Azevedo.


FOTO: SÉRGIO VALE

O policial penal Janilson da Silva Ferreira, atingido por um tiro no olho durante a rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro em julho do ano passado que terminou com a morte de cinco detentos, se emocionou e chegou a chorar durante a audiência pública.


 


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Leônidas Badaró

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