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Ovos de Páscoa: confira dicas de consumo para quem tem diabetes

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Leônidas Badaró

Reunião em família, comidas apetitosas e troca de ovos de chocolate fazem parte da tradição da Páscoa. A data, no entanto, acende o alerta para quem precisa manter uma alimentação mais restrita. É o caso das pessoas com diabetes. A doença afeta mais de 13 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB). O médico endocrinologista, Flavio Cadegiani, especialista em endocrinologia e metabolismo, dá dicas de como se manter saudável no período de celebração.


“Evitar fazer dietas com grandes quantidades de arroz, massas, se for consumir ovos de Páscoa. Ovos com maior percentual de cacau também são mais importantes do que ter ou não açúcar. Acima de 70% de cacau você tem aquela relação 70% cacau, 30% não cacau — e com isso você tem boas gorduras que são nutritivas e você diminui o índice glicêmico”, afirma


Além de priorizar ovos de Páscoa com maior teor de cacau, é importante também consumir fontes de proteína e de fibras como saladas, antes de comer o chocolate; e evitar refeições pesadas e grandes quantidades de bebidas alcoólicas, segundo o endocrinologista. Ele alerta que a necessidade de uma pessoa com diabetes evitar açúcar é próxima a de quem não tem a doença.


“Ficou no século XX isso de não poder comer mais açúcar. Então se a pessoa não depende de insulina, pode consumir açúcar, igual quem não tem diabetes. Desde que ela se atente, não tenha nenhuma descompensação. E se ela usa insulina, o ideal é que ela faça o que a gente chama de contagem de carboidratos e aplique a quantidade de insulina para aquela quantidade de açúcar que ela vai consumir”, explica Cadegiani.


Segundo a SDB, o carboidrato é o nutriente que tem o maior efeito na glicemia — concentração de açúcar no sangue. A totalidade consumida se transforma em açúcar. Por isso, a contagem de carboidratos é importante. Trata-se de uma estratégia nutricional que oferece mais flexibilidade para a alimentação de pessoas com diabetes. O objetivo é encontrar um equilíbrio entre a glicemia, a quantidade de carboidratos ingerida e a quantidade de insulina necessária.


E quem não tem diabetes?


Quem não tem diabetes também deve ficar atento à alimentação e aproveitar a Páscoa com moderação. É o que afirma o médico especialista em nutrologia Yuri Elias. Ele destaca que a alimentação está intimamente ligada à saúde e, por isso, é fundamental para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida. O especialista recomenda escolher chocolates sem açúcar; com maior proporção de cacau; ou até mesmo opções vendidas por marcas de suplemento que, além de não ter açúcar, tem proteína.


“Tendo esse tipo de cuidado, a gente consegue ter uma alimentação balanceada, mais saudável e ainda assim gostosa. Que a gente consiga compartilhar com os amigos, com a família, que seja tudo prazeroso e que não tenha nenhum tipo de restrição, que faça mal, que fique um pouco mais chato, que a pessoa não consiga manter em um longo prazo”, afirma o nutrólogo.


Diabetes


Causada pela falta ou incapacidade de ação do hormônio insulina responsável por quebrar as moléculas de açúcar, a doença pode afetar os nervos periféricos, que transitam informações entre o cérebro e o corpo; causar complicações bucais, como gengivite e — em casos mais graves — pode levar à morte.


Atividades físicas regulares, alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas podem ajudar a prevenir a doença, conforme recomenda o Ministério da Saúde. O órgão aponta outros fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento do diabetes:


Diagnóstico de pré-diabetes;


Pressão alta;


Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;


Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;


Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes;


Doenças renais crônicas;


Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;


Diabetes gestacional;


Síndrome de ovários policísticos;


Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;


Apneia do sono;


Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.


Fonte: Brasil 61


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Leônidas Badaró

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