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Pai de vítima de acidente aéreo diz que só penalidade exemplar acaba com transporte clandestino no Acre

Foto: Suanne é velada com caixão fechado I Whidy Melo/ac24horas

Familiares e amigos de Suanne Lostanaud Camello (30), segunda vítima fatal de um acidente aéreo em Manoel Urbano, no interior do Acre, no dia 18 de março, estão velando o corpo da jovem neste domingo (31), no cemitério Morada da Paz, em Rio Branco. A jovem faleceu no último dia 27, em um hospital especializado no Amazonas.


Francisco Ferreira Chaves, pai de Suanne, disse que o impacto da aeronave – que estava acima da lotação – causou na filha fratura na bacia e deslocamento da perna direita, deixando-a desacordada imediatamente. “Talvez por isso ela tenha se queimado tanto, porque o Matheus [esposo de Suanne] e um outro passageiro tiveram que tirar ela do avião sozinhos. Talvez se ela tivesse acordada e com condições de se ajudar, estaria viva”, disse. Após ser reanimada ainda no local, Suanne jamais recobrou a consciência.


Foto: Francisco Ferreira Chaves, pai de Suanne Camello I Whidy Melo/ac24horas

Perguntado sobre de quem acredita ser a responsabilidade pelo acidente, Francisco Ferreira afirmou que para o caso da filha nada importa, mas é importante que seja dado o exemplo de penalidade para impedir que aviões clandestinos continuem fazendo transporte irregular de passageiros no interior do estado. “Esse tipo de voo com aviões clandestinos é comum. Até policiais vão de um município pra outro nesses aviões. Ninguém faz nada. A minha filha morreu. Agora não me importa dinheiro, pena, nada, porque a única coisa que eu queria era que ela estivesse viva. Mas acho que esse tipo de transporte tem que acabar, isso tem que parar”, opinou.


Com a morte, Suanne Lostanaud Camello deixou uma filha de 7 anos que está a caminho do velório. “Quando ela chegar aqui nós vamos conversar, explicar que a mãe dela morreu, com calma”, disse Francisco.


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