A fazenda “Acostumado” do ex-vice-governador de Roraima, Paulo César Quartieiro, foi alvo de uma operação ambiental, com apoio de policiais civis, em Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó. Multado em R$1 milhão, Quartieiro se recusou a assinar termo de interdito e deixou a delegacia. Um agente ambiental afirma que ele ainda fez xingamentos e um boletim de ocorrência foi registrado por crime de homofobia – equiparado à injúria racial no Brasil.
Foram dois autos de infração, e um termo de interdição, aplicando multas ambientais na operação denominada “Mal Acostumado”, envolvendo agentes do Estado e do Município de Cachoeira do Arari, além da Polícia Científica, na quinta-feira (28). No total foram R$ 1.026.750,00 em multas.
Uma das multas foi pela operação irregular de depósito de combustíveis; outra pela navegação pelo rio sem licença ambiental; e outra pela atividade sem licença de agropecuária, na produção de arroz, milho, criação de gado, e outros cultivos agrícolas.
Segundo as investigações, comunidades eram impactadas pelo uso de agrotóxicos e as atividades vêm causando impactos ambientais na região.
A fazenda de Quartieiro tem mais de 12 mil hectares – maior que a cidade Vitória, capital do Espírito Santo – e fica em Cachoeira do Arari, distante 127,0 km de Belém.
Os detalhes da operação não foram divulgados oficialmente pelos órgãos estaduais até esta sexta-feira (29).
A Polícia Civil informou em nota que, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), “constatou atividade rural sem licença ambiental, uso indevido de agrotóxicos e um posto de combustível irregular, durante apuração de denúncias de danos ao meio ambiente” na fazenda de Quartieiro.