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Ambulantes que estão há quase 30 anos na frente do PS convivem com ameaça de “despejo”

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Saimo Martins

Há décadas trabalhando na frente do Pronto-Socorro da Capital, alguns comerciantes relataram que já estão sendo ameaçados de terem os pequenos negócios retirados da frente do maior hospital de urgência e emergência do Acre.


O ambulante Valdeci de Araujo (65) contou à reportagem que há 16 anos trabalha no local, vendendo salgados e sucos aos pacientes e acompanhantes do hospital e nesse período já obteve várias ameaças para se retirar do espaço. “Eles ameaçam por conta da falta de legalização. A gente já tentou pagar, mas eles não aceitam. No entanto, é daqui que tiramos nosso sustento”, comentou.


Alessio Francisco Ferreira (54) disse que trabalha na frente da unidade hospitalar há mais de 28 anos. “Eu trabalho aqui há 28 anos. Estamos aqui porque precisamos, independentemente do sol, chuva ou poeira no rosto. Vendo bombons, biscoitos, bananinhas, refrigerantes, água e energéticos. São produtos que não danificam o espaço”, declarou.


Seu Francisco ainda aguarda que o poder público destine um espaço adequado para que possam trabalhar com segurança. “Gostaria muito de um local melhor para trabalhar”, explicou.



Diretor do Pronto-Socorro esclarece sobre comércio nas imediações


O diretor-geral do Pronto-Socorro, Lourenço Vasconcelos, conversou com a reportagem do ac24horas sobre a situação e deixou claro que, por parte da instituição, não há nenhum tipo de perseguição para a retirada dos trabalhadores. No entanto, ele afirmou que uma lei municipal proíbe o comércio nas imediações da unidade de saúde.


“Existe uma lei municipal que proíbe esses vendedores ambulantes de ficarem aqui. Eles devem permanecer a pelo menos 100 metros de distância do hospital. Isso se deve ao fato de que a presença de animais, como cachorros e pombos é prejudicial nas proximidades de um hospital. Portanto, a decisão de retirá-los ou não fica a critério da prefeitura. A direção do hospital está ciente dessa proibição, mas queremos deixar claro que estamos tranquilos em relação a essa questão”, ressaltou Lourenço Vasconcelos.


Diretor de Fiscalização Urbana comenta sobre remanejamento de ambulantes


Ilton César, diretor de Fiscalização Urbana de Rio Branco, esclareceu que existe um plano para o remanejamento dos comerciantes. No entanto, ressaltou que o planejamento precisa ser discutido. “A ideia é fazer o remanejamento, mas precisamos avaliar a quantidade e a forma para que as pessoas não sejam prejudicadas. Temos um estudo em andamento. Vamos apresentar uma proposta ao secretário. Já pensamos em outras ocasiões sobre como fazer e como proceder, mas há pessoas que estão ali há mais de 20 anos. Portanto, precisamos agir com cuidado para não prejudicar ninguém”, ponderou.


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Saimo Martins

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