O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou falar na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) sobre o que classifica como a nova forma de pressão contra posseiros que estão há décadas em seringais acreanos.
Magalhães se refere aos projetos de crédito de carbono. “Essa nova frente de pressão e ocupação são os projetos de crédito de carbono negociados entre os “antigos proprietários” de seringais que estão ocupados há décadas por posseiros e as empresas que oferecem um dinheiro fácil. É uma ilusão, que abre uma nova frente de conflito pela posse da terra no Acre”, afirmou.
Edvaldo alegou que um dos locais que mais há tensionamento é na região de Tarauacá/Envira. “Nesta região, tem ficado mais aguda a tensão, principalmente em Feijó, onde há conflitos. Há conflitos também em Tarauacá, onde, por exemplo, na área que pertence ao apresentar Ratinho existem cerca de 600 famílias, que é uma extensão de terra muito grande. O grande problema é que na medida em que se começa a construir um projeto como esse, esquece de uma questão básica: é impossível certificar um projeto de crédito de carbono para certificação sem a regularização fundiária, sem regularizar os moradores”, declarou.
O parlamentar adiantou que uma agenda em abril, com a presença da Defensoria Pública, vai ser realizada em Tarauacá para ouvir os posseiros e encaminhar soluções para garantir o direito à posse da terra.
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