Reportagem da coluna Na Mira, do site Metrópoles, narra a situação de uma servidora pública federal, que não teve o nome revelado, vítima de um golpe amoroso aplicado por Abrahão Silva Evangelista, de 30 anos de idade. Apresentando-se como empreiteiro e dono de uma suposta construtora, o :Don Juan” ludibriou a mulher em quase R$ 1 milhão. O caso aconteceu em Brasília (DF).
De acordo com a coluna assinada pelos jornalistas Carlos Carone e Mirelle Pinheiro, Abrahão é investigado pelas polícias civis do Distrito Federal e do Acre, estados onde deixou um rastro de golpes. No portal E-SAJ, de consulta a processos do Tribunal de Justiça do Acre, ele aparece como reclamado ou devedor em pelo menos cinco ações relacionadas à prestação de serviços.
Conforme a apuração na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Brasília (Deam I), a servidora conheceu o suposto empreiteiro por meio de uma amiga, em março do ano passado. Todos frequentavam a mesma igreja. A amiga da servidora já havia feito negócios com Abrahão, o que deu segurança à vítima, que decidiu também entrar na empreitada.
O sonho da mulher era construir um templo de louvor, e Abrahão agarrou a oportunidade, afirmando ser dono de uma construtora. Em outubro do ano passado, a servidora transferiu R$ 900 mil para a conta da empresa de Abrahão, com a promessa da construção do templo. Ele ficou de devolver o dinheiro em dois meses.
Ao perceber que teria caído em um golpe, a servidora começou a consultar informações sobre a vida pregressa do suposto empresário e encontrou vários processos que tramitam nos tribunais de justiça de dois estados. Após perceber que a vítima descobriu o golpe, o suspeito ainda tentou intimidar a mulher ao afirmar que iria acabar com a vida dela no emprego.
Após o fato, a servidora pública registrou uma ocorrência e requereu medidas protetivas, já deferidas pela Justiça. Durante todo o tempo que tentou negociar com o golpista a devolução do dinheiro, a vítima conseguiu reaver, de quase R$ 1 milhão — levando em consideração todos os juros bancários e correções — apenas R$ 30 mil.
A defesa do suspeito disse, por meio de nota, que “todas as acusações imputadas pela suposta vítima, além de serem infundadas e absurdas, não possuem nenhum lastro probatório acerca de suposto crime de estelionato, inventadas unicamente com o intuito de atingir a honra do acusado.”
Veja a matéria da coluna Na Mira, do site Metrópoles
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