O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), José Adriano, voltou ao Bar do Vaz nesta terça-feira, 12. Entre os assuntos de destaque na conversa com o jornalista Roberto Vaz, não poderia deixar de estar a grande alagação que Rio Branco voltou a sofrer neste ano, com a segunda maior cota da história sendo registrada pelo Rio Acre.
Para Adriano, já é hora de o poder público, em todas as esferas, começar a pensar de maneira mais pragmática para solucionar ou mitigar o sofrimento das pessoas em um evento que, em menor ou maior proporção, acontece todos os anos. “Há soluções; é preciso ter coragem para fazer”, diz.
O empresário diz, inclusive, que já provocou a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), por meio do deputado Pedro Longo, para que um debate a respeito desse tema seja levado à casa. “Não dá para a gente ficar todos os anos tendo uma exploração dessa desgraça alheia em benefício de algumas pessoas que têm intenções de se promoverem politicamente”, afirma.
Variando de tema, o presidente da Fieac fala sobre a possível visita da ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, por meio de evento envolvendo as federações – Indústria, Comércio e Agricultura – pelo Fórum Empresarial. “Não depender de um mandato para resolver problemas que são do Brasil, como vulnerabilidade na fronteira, fragilidade na questão alfandegária”, destaca.
Questionado por Roberto Vaz se o setor da construção civil no Acre tem, no momento, mão de obra para atender os projetos referentes aos programas 1.000 Dignidades, da Prefeitura de Rio Branco, e Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, que preveem a construção de cerca de 2 mil casas, ele responde que não.
“O setor não tem mão de obra disponível para esses projetos. Durante a pandemia, esses profissionais migraram para outras áreas, outras regiões ou envelheceram. Estamos com programação dentro do Senai com outras entidades matrículas para preparação de mão de obra, com a inclusão de mulheres em algumas áreas da construção civil”, informa.
A respeito do mesmo assunto, José Adriano fala sobre a viagem que fará a Brasília, com embarque marcado para a noite desta terça-feira, onde tratará da garantia das contratações do programa Minha Casa, Minha Vida. “O prazo de contratação é para abril, e se houver atraso nas contratações, acontece a alocação de recursos para outras regiões”, observa.
Outro evento que está previsto para acontecer no Acre é um fórum que reunirá representantes das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Será nos dias 25, 26 e 27 de abril, com a previsão de contar com a participação de quatro ministros, alguns governadores e do presidente da Caixa. “Todos os setores vão para um estado levando suas demandas, que se somam aos problemas da região, para ajudar em nível nacional com a sugestão de melhorias e incremento de soluções e com a presença de autoridades”, detalha.
Encerrando, Adriano fala de uma das ações que considera mais importantes que é a Escola Sesi de Referência da Indústria, que acolhe cerca de 130 crianças em Rio Branco. “É um desafio. A escola mais inclusiva do estado. Tem funcionado tão bem que estamos tendo esse problema de ter de ampliar, pois não tem vaga para todo mundo”, disse o presidente.
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