Gladson diz que apresentará projeto para mudar Brasiléia de lugar e que Ptolomeu não atrapalha

O governador Gladson Cameli foi entrevistado ao vivo na manhã desta segunda-feira, 11, pela CNN Brasil sobre o momento vivido pelo Acre pós-enchentes que afetaram quase todos os municípios. Durante a conversa com os jornalistas, lembrou que 86% da população acreana foi afetada pelas alagações e que 19 dos 22 municípios do estado estão em estado de emergência.

Cameli lembrou que o momento é de limpeza com a baixa dos rios e salientou que deve passar a semana em Brasília em busca de recursos. “Momento agora é de limpeza, estarei cumprindo agenda em Brasília nos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional esta semana para liberação de recursos”, afirmou.

O governador acreano reiterou que em casos como o de Brasileia, que viveu a pior enchente de sua história, a única alternativa é mudar a cidade de lugar. “Vamos entregar projetos até o dia 18 nos ministérios para a construção de novas moradias. Em Brasileia é preciso, a curto prazo, tirar a parte da cidade que está nas áreas mais baixas, se não, daqui a 11 meses vamos viver tudo novamente”, disse.

Gladson adiantou que deve lançar um decreto nos próximos dias que determina que toda construção de prédios públicos no município sejam feitos nas áreas mais altas, que não possuem chances de serem atingidas por enchentes. “Estamos em fase de análise pela PGE deste decreto que vamos soltar para que toda obra pública seja construída na parte alta, não sendo mais permitido construção na parte mais baixo. Estamos fazendo um apelo para que a população de vai reconstruir suas residências que não façam isso nas áreas de risco”, explicou.

O gestor acreano foi questionado pelos jornalistas da CNN Brasil sobre se as investigações da Operação Ptolomeu e se o seu pedido de afastamento tem afetado sua capacidade de articular recursos em Brasília. Gladson negou e voltou a dizer que está à disposição da justiça. “De coração, sendo muito transparente, não tem afetado nada. Parto do princípio de que tudo que há dúvida, precisa ser investigado. Isso já dura três anos, sempre me coloquei à disposição da justiça, nunca fui chamado para dar explicações. Tenho plena confiança na justiça”, declarou Gladson.