Uma ação da Cozinha Solidária Marielle Franco, com apoio do governo estadual, federal e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), entregou, neste sábado, 9, 500 marmitas e água mineral para atingidos pela cheia do Rio Acre no bairro Taquari, na capital acreana. Além dos alimentos, o Movimento por Uma Universidade Popular (MUP) fez entrega de roupas.
Essa foi uma ação que fechou uma operação montada entre os voluntários e governo do Estado para atender as pessoas mais vulneráveis durante o período de alagação.
Rakeline dos Santos, que coordena a Cozinha Solidária, disse que diariamente são feitas 200 marmitas. Porém, durante a alagação, foi feita uma força-tarefa para que os mantimentos chegassem ao maior número de pessoas que estavam precisando de solidariedade.
“No total, temos 50 cozinheiras. O trabalho aqui é todo voluntário, custo zero e conseguimos alcançar as pessoas do bairro e também de outros locais. Durante a alagação, chegamos a produzir 900 marmitas por dia” contou.
Moisés Lobão, que faz parte do MPU, falou da importância dessas ações para alcançar as pessoas mais necessitadas neste momento.
“Viemos para ajudar na distribuição das marmitas e entregar roupas que foram arrecadadas. A gente tem feito um trabalho também de recreação nas escolas que estão abrigando as pessoas porque sabemos que, além de toda a dificuldade, tem a parte psicológica, principalmente das crianças”, destacou.
Jamyr Rosas, coordenador Nacional do MTST, explica como essa rede de apoio ajuda no atendimento da população mais vulnerável. Ele enfatizou que todo o trabalho foi acompanhado pelo governo, por meio do secretário-adjunto de Governo, Luiz Calixto.
“Nós temos 50 cozinhas solidárias no Brasil. E a gente sempre faz atividades fora da ocupação, então são 5 mil marmitas feitas por mês. Nós temos um grande convênio e nesse processo, quero destacar a parceria que temos com Luiz Calixto e o secretário de Agricultura, Luiz Tchê, que conseguiu nos ajudar com o Programa de Aquisição de Alimentos. A gente busca sempre ser parceiro do governo, ter uma cozinha solidária, envolver a sociedade civil junto com o governo, onde mais se precisa, onde a pessoa está realmente em grande insegurança alimentar. O nosso papel é esse, todo o trabalho da Cozinha Solidária é voltado para isso”, destacou.
Rosas destacou também que em casos de desastres naturais, a cozinha tem um papel fundamental.
“Ao todo, estamos contabilizando 9 mil marmitas com a entrega de hoje. Há alguns meses estávamos com ordem de despejo e esse trabalho é uma forma de mostrar ao governo que as pessoas que estão ali estão engajadas em ajudar”, disse.
As entregas são feitas com o apoio do governo do Estado por meio da Polícia Comunitária. Ao chegar no local das entregas, lideranças do bairro exaltaram o trabalho dos policiais, reforçando o nome da tenente-coronel Ana Cássia Monteiro, coordenadora de Polícia Comunitária no Acre.
Para quem recebe, as equipes levam mais do que alimento, mas também dignidade diante de um cenário difícil. Francisca Barbosa, de 70 anos, tem recebido ajuda desde o começo. “É uma ajuda muito importante. Agradeço a Deus por enviar seus filhos para nos ajudar nesse momento”, diz ao buscar as marmitas.
Maria Sara Silva também foi uma das beneficiadas na ação deste sábado. Ela voltou para casa com marmitas e também água mineral. “A gente sempre pega. Tem ajudado muito a gente, as marmitas e a água. Somos oito pessoas e isso tem sido importante neste momento”, destaca.
Na fila para receber o alimento, Gilson Oliveira chegou a se emocionar. Ele acredita que a ação reflete como a união pode mover e mudar o mundo.
“É uma coisa que não tem explicação, não tem nada. Deus vai abençoar muito a equipe, os policiais e todos que contribuíram com essa ajuda pra gente. Porque isso aqui não paga”, diz.
A Cozinha Solidária nasceu em uma ocupação do Irineu Serra, que depois também acolheu mais 45 famílias que chegaram a acompanhar em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
“A gente tinha nossa ocupação desde 2020 e fizemos um trabalho diferenciado. Na nossa ocupação só tem quem realmente precisa e quem se enquadra no programa Minha Casa Minha e nas normas do MTST. Nós vamos construir, já está bem avançado, o projeto já está na Caixa Econômica na fase final, 226 unidades de moradia. Vão ser 126 apartamentos e 96 casas que são distribuídos entre os moradores da ocupação”, explicou Jamyr Rosas.
Essas unidades habitacionais serão construídas no bairro Defesa Civil, contendo toda a estrutura necessária para um bairro.
“Esse é um recurso feral, em uma modalidade do programa Minha Casa Minha Vida, que abrange entidade como o MTST, que luta por moradia, então todo recurso para a construção vai ser do governo federal e o governo do estado também entra como parceiro, por exemplo, na elaboração de projetos, na questão de sondagem, de tudo que precisa, topografia, a equipe técnica, ou seja, também são parceiros nessa construção.
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