Enquanto a água se esvai das ruas atingidas pela cheia do rio Acre, em Rio Branco, comerciantes e residentes começam tentam voltar à rotina. Nesta sexta-feira, 8, Célia Maria reorganizava seu comércio localizado na rua Santo André, na baixada da Sobral, que foi invadido por água de esgoto. Na região, a cheia do rio Acre causou um retorno da água do canal da maternidade, inundando dezenas de residências e lojas.
Usando desinfetantes, esponjas e baldes, Célia Maria tenta reorganizar a vida. “Esse comércio era do meu irmão, que morreu. Nós assumimos há mais de dois anos e é a segunda vez que estamos enfrentando uma alagação. Dessa vez perdemos um colchão e uma cama, retiramos todo o resto antes da água subir”, disse.
A empreendedora explica que mesmo com a situação, não pensa em desistir do ponto, que é alugado. Segundo ela, a mercearia é bem localizada e as vendas compensam o desgaste. Perguntada sobre o porquê das alagações, diz que tudo não passa de vingança. “As pessoas desmatam, jogam lixo, não vai ficar por isso mesmo. A natureza se vinga e a gente tenta aguentar, com a permissão de Deus”, afirmou.
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