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Empresário lança no Bar do Vaz primeiro chocolate do mundo feito com farinha de mandioca na composição

Por
Raimari Cardoso

Nesta quinta-feira, 7, o Bar do Vaz entrevistou o empresário Leandro Brasil, filho do conhecido jogador de futebol e advogado acreano Emilson Brasil, falecido em 2015. Disposto a abrir uma franquia de uma loja famosa no Acre, há dois anos, ele mudou de planos e apostou em chocolates “diferenciados” que agregam valor a toda a cadeia produtiva.


A história de Leandro Brasil com o chocolate começou com a esposa, que é apaixonada pela iguaria. No Bar do Vaz, ele apresentou o primeiro chocolate do mundo feito com farinha de mandioca, saída de uma pequena produtora de Cruzeiro do Sul. O cacau vem da Bahia e o chocolate é feito em São Paulo.


Leandro conta da importância de participar do seminário da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – APEX, que aconteceu no final do ano passado em Rio Branco. Com a intenção de levar um comprador estrangeiro à sua loja, ele conseguiu levar 25. Com o detalhe: ele ainda não tinha o chocolate, mas só a ideia.


FOTO: SÉRGIO VALE

“Aí eu falei: quem não tem dinheiro conta história. Cheguei lá, sentei com um monte de estrangeiro, indiano, americano, canadense. Aí eu falei que estava em desenvolvimento, mas só por ser com a nossa farinha, da Amazônia, do Acre, isso já gerou uma curiosidade. A moça dos EUA falou: eu nunca tinha visto isso, para mim é novo e eu adoro coisas novas. A gente conversou e a gente já está na fase final de negociação para mandar o primeiro lote para ela”, comemora.


O empresário diz que quando olha o chocolate, não consegue enxergar apenas o produto, mas também a dona Francisca, que produz a farinha que ele usa, e o seu José, que produz o cacau. Ainda no seminário da Apex, Leandro conta que conversou com um produtor de cacau de Boca do Acre, no Amazonas, que comentou sobre a necessidade de meios que valorizem o trabalho de quem possibilita existir o produto.


“Ele falou assim: Leandro, eu estou velho, mas não largo isso não. Porque eu não posso mais ver o ribeirinho largando a sua terra porque não tem mais chance de sobrevivência para ir para a cidade; o índio largando suas terras para ir para a cidade, perdendo dinheiro porque não tem condições de produzir”, relatou.


FOTO: SÉRGIO VALE

O empresário acreano diz que as cooperativas possibilitam isso e conta que a grande indústria esqueceu que só existe chocolate porque há os produtores que colhem o fruto na mata e fazem o processo necessário para que o cacau possa ser transformado no produto mundialmente apreciado.


A certeza do sucesso com o chocolate inovador é tanta que Leandro está abrindo uma loja em Foz do Iguaçu, no Paraná, cidade que recebe mais de dois milhões de turistas por ano. O empresário costuma dizer que o plantio de cacau pode ser uma boa alternativa para a produção agrícola do Acre.


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Raimari Cardoso

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